São Paulo – Os empregados do Banco do Brasil estão insatisfeitos com os valores recebidos a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Segundo os trabalhadores, o pagamento feito em 25 de fevereiro foi menor que o relativo ao primeiro semestre de 2013.
De acordo com o diretor do Sindicato Cláudio Luis de Souza, a redução deve-se ao fato de o lucro líquido apurado pelo Banco do Brasil ter sido 42,8% menor na comparação entre o primeiro semestre (R$ 10 bilhões) e o segundo semestre (R$ 5,7 bilhões) de 2013. “O lucro do primeiro semestre foi alavancado pela venda de ações do BB Seguridade. Não ocorreu nada similar no segundo semestre e, com isto, os bancários acabaram recebendo menos de PLR agora do que em 2013.”
Entenda o cálculo – A PLR no BB é paga após a divulgação do lucro líquido de cada semestre. Ela é composta pela distribuição linear de 4% desse lucro entre todos os funcionários, pelo módulo Fenaban (45% do salário mais um valor fixo) e o módulo bônus (medido pelo resultado da empresa a cada semestre e cumprimento de metas). “Como o resultado entre os semestres caiu, o valor destinado aos trabalhadores despencou proporcionalmente chegando à redução de 43,4% no módulo bônus”, reforça Cláudio Luis.
Segundo o dirigente sindical muitos funcionários não receberam o módulo bônus porque a soma da distribuição dos 4% do lucro líquido e a parcela Fenaban supera o número de salários paradigma – a composição dessa nomenclatura está disponível no acordo aditivo à CCT – a que o funcionário teria direito (veja exemplo aqui).
Cobre reavaliação – Segundo a Contraf-CUT, no crédito do dia 25 cada escriturário recebeu R$ 3.303,83 e o caixa R$ 3.743,98. Ainda conforme a entidade, a partir de informações do Banco do Brasil, 3,5% das 6,2 mil agências e departamentos não atingiram a pontuação exigida para receber o módulo bônus. “Todas as unidades que se sentirem prejudicadas devem solicitar reavaliação das superintendências e diretorias regionais. E se elas não atingiram as metas é em função dos resultados absurdos que são cobrados e devido à falta de bancários em diversos setores”, destaca Cláudio Luis.
Jair Rosa 5/3/2014
