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O pesadelo das agências digitais do Itaú

Linha fina
Bancários sofrem com muita pressão no dia a dia; é importante que denunciem assédio moral exclusivamente ao Sindicato
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São Paulo – Resposta de e-mail não pode ultrapassar uma hora. Mensagens online e via SMS devem ser respondidas em até 15 minutos. Se o telefone tocar, é preciso atender no primeiro toque. Ir ao banheiro? Nem sempre pode. Assédio moral é rotina. A realidade de quem é contratado para ser gerente numa agência digital do Itaú é mais ou menos essa: “um trabalho insano”, como relatou uma bancária em contato com o Sindicato.

O dirigente sindical Sergio Francisco explica que com tanta pressão e assédio moral, os bancários denunciam, mas são induzidos a fazer isso no canal errado, ao ombudsman do Itaú. “O funcionário tenta exercer de fato as funções de gerente de relacionamento, mas é cobrado por metas de vendedor de produtos por teleatendimento. Fragilizado e sob pressão, ele denuncia ao banco, é exposto, identificado, e a instituição financeira vira o jogo: a vítima, que é o trabalhador assediado, sofre retaliação por ter feito a denúncia”, relata.

O bancário de uma agência digital reforça a dificuldade de exercer a função de gerente: “Cliente de alta renda não quer falar sobre investimentos por telefone”.

Sergio Francisco reforça que a primeira coisa que deve ser feita diante do assédio e da pressão é a denúncia ao Sindicato. “Basta entrar no site do Sindicato e clicar da imagem em que está escrito ‘assédio moral, denuncie’. Só assim teremos como proteger a identidade do trabalhador, solicitar ao banco que reoriente o gestor e cobrar melhorias. O ombudsman é uma ferramenta não confiável para o bancário”, conclui.

Para denunciar, clique aqui. O sigilo é garantido!


Gisele Coutinho – 9/3/2016
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