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CRT do Santander debate pessoas com deficiência

Linha fina
Negociação tratou também de assuntos como assedio moral, plano de saúde, auxílio-educação dentre outros temas
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São Paulo – O Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) voltou a discutir as questões específicas dos funcionários do Santander da ativa e aposentados. A reunião ocorreu na terça 3, entre representantes dos trabalhadores e da direção do banco.

Na negociação, os dirigentes sindicais solicitaram informações sobre a quantidade de pessoas com deficiência (PCD) e suas respectivas lotações dentro da instituição financeira. “A discussão desse tema é fundamental, pois esses trabalhadores não querem apenas ser tratados como número para que o banco cumpra uma quota. Eles querem ter condições para ascender profissionalmente e isto passa necessariamente pela adequação de mobiliário, dos equipamentos disponibilizados e até no ambiente de trabalho como a colocação de piso tátil”, afirma a diretora do Sindicato Maria Rosani, que participou da negociação.

Em resposta, o Santander afirmou ter atualmente cerca de 2.700 trabalhadores com deficiência e que cumpre a quota dos 5% exigidas por lei. Como o assunto requer discussões mais aprofundadas, ficou acordado que será marcada reunião específica para o tema. “É importante que as pessoas com deficiência também nos comuniquem suas dificuldades para que possamos abordar todas as questões com a empresa”, destaca a dirigente, acrescentando que as reivindicações podem ser enviadas clicando aqui ou pelo 3188-5200. Será preservado o sigilo do funcionário.

Também ficou definido que será retomado o grupo para discutir especificamente as condições de trabalho. Entre as reivindicações dos bancários estão: contratação de mais funcionários, fim das metas individuais e das reuniões diárias. Ficou definido o dia 24 de abril como data indicativa para prosseguir nesse debate.

Assédio moral – No que se refere ao ambiente de trabalho, os representantes dos empregados criticaram a forma como o banco esta lidando com as denúncias de assédio moral, sem dar o devido tratamento às queixas dos empregados. O interlocutor do Santander reconheceu que ocorreram falhas no início do programa de combate ao assédio moral, mas que o processo está sendo aprimorado para dar respostas mais rápidas às demandas.

Os bancários também criticaram a empresa pelo chamado super ranking por se tratar de exposição de funcionário, desrespeitando a convenção coletiva. “Cobramos orientação aos gestores para que não haja possibilidade de divulgação dos resultados dos funcionários”, aponta Maria Rosani, acrescentado também que foi reivindicado que a empresa apresente os critérios de avaliação e de remuneração dos programas próprios. “Queremos negociar regras claras, que valorizem os trabalhadores e que impeçam o assédio moral.”

Os critérios dos programas próprios serão apresentados pela instituição financeira nas próximas reuniões do CRT.

Isenção – Os dirigentes sindicais cobraram que o Santander isente os funcionários da ativa e aposentados da cobrança de tarifas, bem como a redução da taxa de juros.
Os bancários também exigiram a manutenção do plano de saúde durante a aposentadoria, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que goza o trabalhador da ativa, mediante pagamento de igual mensalidade.

Outra exigência foi que a empresa atualize os valores do auxílio-academia e que esse direito seja estendido a todos os bancários. “Deixamos claro ao banco que essa verba é investimento na saúde dos trabalhadores. O Brasil é o país que mais contribui para o lucro global da empresa e os funcionários têm de ser valorizados”, destacou Rosani.

O banco se comprometeu em analisar as reivindicações e se posicionará nas próximas reuniões.

Auxílio-educação - Os dirigentes sindicais solicitaram acesso aos pedidos de bolsas de estudo encaminhados no início deste ano. O banco informou que foi atendida a cláusula 7ª do acordo aditivo que estabelece 2.300 bolsas, explicando que 1.500 foram para funcionários que já as usufruíam no ano passado, 720 para novos e 80 estão com pendências de documentação. Um total de 300 pedidos foi recusado em razão da falta de bolsas ou por solicitação de cursos não afins.

A representação sindical pediu um levantamento sobre a expectativa de graduação no final do primeiro semestre, a fim de definir as novas bolsas para o segundo semestre. O banco ficou de levantar os dados.

Compensação Morumbi – Na reunião o banco afirmou que tem remanejado empregados da compensação no Morumbi para outros setores do grupo, conforme compromisso assumido com o Sindicato.

Os dirigentes denunciaram que a Service Bank não está respeitando o acordo de que regularizaria os salários dos trabalhadores terceirizados. Os representantes do Santander afirmaram que cobrarão a terceirizada para que faça os pagamentos.

Call Center – Na quarta 4 acontece reunião do grupo de trabalho sobre call Center.


Jair Rosa - 4/4/2012

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