São Paulo – O Sindicato está apurando irregularidades no exame periódico dos funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) que fica no Complexo Verbo Divino do Banco do Brasil, na zona sul da cidade. Denúncias dão conta que nos atestados de saúde ocupacional fornecidos aos bancários não há preenchimento do campo destinado a riscos do ambiente de trabalho.
Representantes dos trabalhadores constaram que no SAC existem problemas como iluminação inadequada, locais fechados, ventilação ruim e cadeiras e mesas impróprias para o trabalho, situações que interferem diretamente na saúde do funcionário. Vale ressaltar que a norma que regulamenta exames periódicos tem como principal finalidade a prevenção, rastreamento e diagnóstico de casos relacionados à saúde ocupacional.
“Não podemos permitir que essa conquista dos trabalhadores seja manipulada de forma a preservar a direção do BB pelas péssimas condições dos locais de trabalho, fato visto em diversas denuncias apuradas pelo Sindicato”, afirma o diretor do Sindicato João Fukunaga.
Em reunião na Secretaria Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) de São Paulo o perito do órgão verificou e atestou as péssimas condições dos trabalhadores do setor e a CSL/SP se comprometeu a entregar o novo prédio do SAC BB no final de abril.
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“Diante dos fatos também vamos cobrar que a Cassi informe qual orientação foi repassada aos médicos avaliadores a partir do determinado pelo Médico – Coordenador do PCMSO do Banco do Brasil”, completa Fukunaga.
Orientações - O empregador é obrigado por lei a manter o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Nesse sentido, vale ressaltar que exames complementares que necessitem de consultas médicas devem ser marcados durante o expediente, e o exame periódico deve ser realizado durante a jornada de trabalho. “Não iremos aceitar nenhuma forma de constranger o funcionário para realizar as consultas necessárias e obrigatórias fora de sua jornada de trabalho, com o intuito de se passar pelo PCMSO e garantir ao banco o Atestado de Saúde Ocupacional. Orientamos os bancários a denunciar irregularidades praticadas por gestores”, acrescenta o dirigente sindical.
Carlos Fernandes - 12/4/2012
