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Trabalhadores do Santander cobram valorização

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Entidades sindicais pedem fim das metas abusivas durante Fórum de Saúde e Condições de Trabalho
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São Paulo – Assuntos específicos sobre os trabalhadores do Santander foram discutidos durante o Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do banco, entre dirigentes sindicais e a instituição financeira.

A venda responsável de produtos bancários e o fim das metas abusivas individuais foram alguns dos principais temas da reunião. A gestão do banco recebeu críticas a respeito do modelo organizacional de trabalho praticado, relacionado diretamente com o adoecimento mental dos bancários. “Além de estabelecer metas abusivas, que são inatingíveis, o banco utiliza mecanismos de cobrança que ocasionam assédio moral e adoecimento dos trabalhadores”, afirma a diretora do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

As entidades sindicais também são contra os rankings individuais ou por região. A proibição já está na cláusula 35ª da convenção coletiva e o Sindicato cobrou o cumprimento pela instituição financeira. “O banco alega que as metas são desafiadoras, no entanto, a categoria bancária é das que mais sofre por assédio moral e se afasta em decorrência de doença mental ocasionada pela pressão no ambiente de trabalho”, ressalta a dirigente. Foi reivindicado do Santander a assinatura de um acordo de venda responsável de produtos e serviços financeiros, a exemplo do protocolo firmado pelo Comitê de Empresa Europeu, formado por representantes do banco espanhol e de entidades sindicais de vários países.

Os dirigentes reivindicaram acesso às informações de funcionários afastados ou adoecidos, mediante o encaminhamento aos sindicatos e confederação de relatórios mensais. Outra preocupação do Sindicato é com a saúde dos bancários depois de ocasiões violentas como assaltos em agências. “Cobramos a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) a todos os empregados que estiveram no local do assalto”, diz Maria Rosani. O banco diz emitir a CAT após laudo médico e ficou de apresentar o atendimento completo que presta às vítimas da violência na próxima reunião do Fórum de Saúde.

Ainda com foco na saúde dos trabalhadores do Santander, também foram cobradas melhoria nos procedimentos de RH. O grupo de trabalho montado em 2011 trouxe avanços, no entanto, problemas administrativos como exames de retorno, perda de prazos e extravios de documentos, entre outros, ainda persistem e causam problemas aos funcionários.

O banco se comprometeu em agendar uma reunião para discutir o assunto e anunciou uma melhoria cobrada pelo Sindicato: a internalização do serviço e fim do contrato de uma empresa terceirizada na área de saúde. “Continuamos a luta para que todo o trabalho fim da categoria ou que envolva informações sigilosas sobre os bancários não seja feito por empresas terceirizadas, garantindo segurança para os trabalhadores.”

Convênio médico e odontológico – A manutenção dos convênios médicos e odontológicos do banco na aposentadoria nas mesmas condições dos funcionários da ativa também foi reivindicada pelo Sindicato durante o fórum. O banco agendará uma reunião específica sobre o assunto.

Ajuda extraordinária – O Sindicato voltou a cobrar informações sobre funcionamento, critérios e políticas globais sobre os reembolsos da Fundação Santander, ex-Real. O banco irá verificar a possibilidade de apresentar informações em próximas reuniões. “Assim como o auxílio-academia, o Santander deve investir em qualidade de vida dos funcionários, queremos a valorização dos trabalhadores”, destaca Maria Rosani.


Redação com informações da Contraf-CUT – 11/4/2012

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