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Sindicato protesta contra assédio moral no BB

Linha fina
Atos no complexo Verbo Divino e na Gerev Nordeste denunciaram situações constrangedoras como listas de avaliação ou cobrança insistente de metas via torpedos
Imagem Destaque

São Paulo – O Sindicato realizou manifestações em frente aos complexos Verbo Divino e Gerev (Gerência Regional de Varejo Nordeste), ambos do Banco do Brasil, nesta quarta-feira 17, para protestar contra assédio moral e práticas antissindicais.

> Fotos: galeria com imagens da mobilização

No complexo Verbo Divino, o protesto ocorreu por causa das atitudes do gerente-geral da Central de Atendimento, alvo de denúncias tanto por assédio moral quanto por práticas antissindicais.

Os funcionários contam que o gestor selecionou e montou grupos com bancários que apresentaram deficiências em avaliações. “Eles ficaram conhecidos como ‘os problemáticos’, em uma clara demonstração de assédio moral coletivo que o Sindicato já havia denunciado na semana passada para o Ministério do Trabalho e para Gestão de Pessoas do BB”, informa o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi.

Prática antissindical – O gerente regional também negou a realização de uma reunião com dirigentes sindicais onde seriam esclarecidos direitos trabalhistas referentes às mudanças no plano de funções, que irão impedir aumentos salariais nas futuras promoções e outros problemas.

“Nós aproveitamos o protesto para fazer a reunião que o gestor Cláudio Santos havia negado e esclarecemos aquilo que ele queria esconder dos funcionários, que são os prejuízos no plano de função e a denúncia de assédio moral”, conta Ernesto.

Durante o ato, os funcionários também foram convidados a participar do Encontro das Centrais de Atendimento do BB, no sábado à partir das 9h30, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413), onde poderão debater propostas para resolver seus problemas no banco.

Gerev Nordeste – De acordo com funcionários das agências, o gerente regional de Varejo Nordeste chega a enviar dezenas de mensagens SMS por dia cobrando o cumprimento de metas. Os bancários contam que começam a receber as mensagens às 9h, quando as agências sequer abriram.

A dirigente sindical Adriana Ferreira conta que ameaças constantes de descomissionamento e de transferência para outras localidades, cobrança por metas de forma truculenta e humilhações públicas são outras reclamações constantes dos bancários com relação ao gestor.

“É inaceitável a maneira como o banco, na figura do gerente regional Geraldo, vem pressionado seus trabalhadores em busca de resultados, pois os funcionários estão adoecendo em número cada vez maior por causa dessas pressões. Não podemos deixar que essa imoralidade e desrespeito ao trabalhador vire regra do banco”, diz a dirigente.

Canal de denúncia – O Sindicato lembra o trabalhador que há uma ferramenta contra o assédio moral no site (clique aqui). A entidade orienta os funcionários que estão sofrendo com o problema que guardem possíveis provas como torpedos, e-mails e, se possível, conversas telefônicas e reuniões.

Frente de crédito irregular – Na terça-feira 16, mais uma mesa de crédito foi desmontada, no edifício Conde Prates, no centro de São Paulo, no mesmo prédio da Gepes. Segundo denúncias essa central estava vendendo ações da BB Seguridade por telefone, o que é ilegal, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários.

Dia Nacional de Luta – A resposta para todas essas injustiças que o banco está impondo aos seus trabalhadores tem de ser dada no Dia Nacional de Luta que o Sindicato está convocando. Por isso, é fundamental que todos os funcionários do BB participem da manifestação, no dia 30 de abril, contra a imposição do plano de funções, a cobrança de metas abusivas e as ameaças de descomissionamento.

Nesse dia haverá paralisação de 24 horas para que o banco negocie mudanças no Plano de Função e passe a respeitar os trabalhadores. “Só a mobilização e a união de todos os funcionários poderá reverter essa série de medidas desrespeitosas e tirânicas da direção do BB”, diz Ernesto.


Rodolfo Wrolli – 17/4/2013

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