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Chapéu
Segurança

Bancos foram multados em mais de R$ 44 milhões em 2017

Linha fina
Instituições financeiras preferem pagar multas a cumprir lei de segurança bancária
Imagem Destaque
USA-Reiseblogger / Pixabay

São Paulo - Depois de cobrança da Contraf-CUT, a Polícia Federal apresentou os dados estatísticos dos processos punitivos por descumprimentos da lei de segurança bancária e privada, durante a 115º Reunião da Comissão Consultiva, realizada na segunda-feira 9, na sede da PF, em Brasília. 

O número que mais impressiona é que, em 2017, foram aplicados R$44,095,534 milhões em multas aos bancos. Porém, se engana quem acha que o valor mudou a mentalidade das instituições financeiras. Nos primeiros meses de 2018, já são R$7.616,585 milhões em multas.

“É um absurdo que os bancos continuem descumprindo a legislação de segurança bancária em números tão alarmantes. As pessoas que trabalham e que utilizam os serviços bancários correm perigo. Nenhum lucro pode ser maior do que a proteção à vida da população”, afirmou Gustavo Tabatinga, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancário e secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT.

“Os bancos, mais uma vez, se esquivaram da responsabilidade de apresentar novas tecnologias para a segurança dos locais de trabalho. Além disso, deixamos claro que o Grupo de Trabalho sobre o tema ficou prejudicado devido a postura omissa, como sempre, dos bancos”, acrescenta o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Carlos Damarindo.

As estáticas mostram ainda que em 2017 foram iniciados 5.315 processos punitivos. Em 2018, já são 1178. Quanto aos processos punitivos julgados, foram 9480 em 2017 e 1801 em 2018. “Cobramos a Febraban e a Polícia Federal estudos sobre novas tecnologias de segurança bancária a serem implementadas nas agências. Cobramos ainda da Febraban que os membros da CCASP possam ter conhecimento dos novos equipamentos de segurança bancária que serão instalados, de acordo com o relatório final do grupo de trabalho, coordenado pela Contraf-CUT, já apresentado à Polícia Federal”, lembrou Sandro Matos, diretor do Sindicato dos Bancários do Pará.

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