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São Paulo - Cerca de 500 pessoas se acotovelavam na frente da Câmara dos Deputados, mais uma vez em 2015. O motivo, o mesmo: tentar acompanhar uma votação importante, que influenciará no destino do país, dessa vez a PEC 352/2013, conhecida como “PEC da Corrupção”. Eram pessoas de pelo menos sete estados, que viajaram até 28 horas para tentar influenciar, com sua voz, o voto dos parlamentares que ajudaram a eleger.
Do alto de sua arrogância, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que desde o início do ano tem vedado o acesso da população à Casa [menos a Força Sindical], resolveu usar de ironia e desafiar os manifestantes que aguardavam debaixo de sol, em frente ao Anexo II.
Cunha enviou uma única senha, a 031, para que 500 pessoas a disputassem e elegessem quem entraria na galeria para acompanhar a votação. A decisão foi a de que a senha não seria usada e que haveria uma pressão na porta do Anexo II da Câmara para que pudessem ocupar as galerias.
Indignados, os manifestantes pediam a saída de Cunha e uma constituinte exclusiva e popular pela reforma política. Aos poucos, parlamentares foram até a porta do Anexo II se solidarizar com aqueles que foram alijados da discussão sobre o projeto.
Chico Alencar (Psol-RJ), lamentou que as portas estivessem fechadas ao povo. “Só tem sentido fazer lei, se o povo acompanhar. Hoje, na Câmara, só pode a cidadania do aplauso. Se você fizer uma crítica, vai ficar do lado de fora.”
Deputados petistas também falaram com os manifestantes. Érika Kokay (PT-DF) lembrou que o projeto sem participação do povo, diminuirá, ainda mais, a representatividade popular no Congresso. “O Brasil é o penúltimo país em participação parlamentar de mulheres. Com uma reforma feita por esses deputados, não há como reverter esse quadro”, afirmou.
Para o deputado federal Alessando Molon (PT-RJ), há incoerência no processo de elaboração, discussão e votação da “PEC da Corrupção”. “Uma proposta de reforma política, que é elaborada sem a participação popular e que começa a ser votada com o povo fora da casa do povo, não tem nada de reforma política, é só uma vergonha.”
Igor Carvalho, da CUT - 27/5/2015
Do alto de sua arrogância, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que desde o início do ano tem vedado o acesso da população à Casa [menos a Força Sindical], resolveu usar de ironia e desafiar os manifestantes que aguardavam debaixo de sol, em frente ao Anexo II.
Cunha enviou uma única senha, a 031, para que 500 pessoas a disputassem e elegessem quem entraria na galeria para acompanhar a votação. A decisão foi a de que a senha não seria usada e que haveria uma pressão na porta do Anexo II da Câmara para que pudessem ocupar as galerias.
Indignados, os manifestantes pediam a saída de Cunha e uma constituinte exclusiva e popular pela reforma política. Aos poucos, parlamentares foram até a porta do Anexo II se solidarizar com aqueles que foram alijados da discussão sobre o projeto.
Chico Alencar (Psol-RJ), lamentou que as portas estivessem fechadas ao povo. “Só tem sentido fazer lei, se o povo acompanhar. Hoje, na Câmara, só pode a cidadania do aplauso. Se você fizer uma crítica, vai ficar do lado de fora.”
Deputados petistas também falaram com os manifestantes. Érika Kokay (PT-DF) lembrou que o projeto sem participação do povo, diminuirá, ainda mais, a representatividade popular no Congresso. “O Brasil é o penúltimo país em participação parlamentar de mulheres. Com uma reforma feita por esses deputados, não há como reverter esse quadro”, afirmou.
Para o deputado federal Alessando Molon (PT-RJ), há incoerência no processo de elaboração, discussão e votação da “PEC da Corrupção”. “Uma proposta de reforma política, que é elaborada sem a participação popular e que começa a ser votada com o povo fora da casa do povo, não tem nada de reforma política, é só uma vergonha.”
Igor Carvalho, da CUT - 27/5/2015