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Trabalhadores unidos na defesa de direitos

Linha fina
Entidades convocam para o Dia Nacional de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos, na terça 10
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São Paulo - Contra todos os retrocessos impostos por um eventual governo Temer/Cunha, CUT, CTB e Intersindical, unidas a mais de 60 entidades dos movimentos social e estudantil na Frente Brasil Popular, convocam trabalhadores para o Dia Nacional de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos, na terça 10.

Em São Paulo, a concentração está marcada para 12h, na Praça da Sé, de onde os manifestantes partirão em caminhada pelo centro da capital.

“É urgente intensificar a luta contra a liberação da terceirização total e a privatização”, convoca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Defender a mesa de negociação nacional e unificada dos bancários também está na pauta, para que os tempos sombrios da década de 1990 não voltem à realidade da categoria.”

Ameaças - O vice-presidente, Michel Temer, anunciou A Ponte para o Futuro, programa do PMDB que prevê retirada de direitos trabalhistas, e o Travessia Social, ambos a serem implementados caso o golpe se concretize e o peemedebista assuma a Presidência da República. O plano faz a defesa da privatização: “O Estado deve transferir para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura”.

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“BB e Caixa estão mais uma vez sob a mira de um projeto neoliberal de entrega do patrimônio público, que comandou o Brasil na década de 1990. E isso traz consequências graves para os bancários dessas instituições”, afirma o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis.

O funcionário do BB e também diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi é testemunha dos anos 1990. “Houve um processo contínuo de retirada de direitos. Além disso, os bancos não negociavam com os trabalhadores, levando todas as campanhas para a Justiça, com perdas reais para os salários.”

Redução de Pessoal - Os empregos nas instituições financeiras públicas também escorriam pelo ralo. O BB tinha 119 mil bancários em 1994 e esse total foi drasticamente reduzido logo no primeiro ano de Fernando Henrique Cardoso na presidência do país: o banco terminou 1995 com 94.669 empregados, ou seja, 24.331 para a rua. No último ano do tucano como presidente, em 2002, a instituição fechou seu balanço com 79 mil funcionários. As vagas foram recuperadas ao longo dos últimos 13 anos de governos Lula/Dilma, e o BB fechou 2015 com 109.191 bancários.

A situação não foi diferente na Caixa que, em 1994 contava com 65 mil empregados, quadro que caiu para 63.423 em 1995 e, no último ano de FHC, estava reduzido a 55.691 bancários. Também houve abertura de postos nos últimos 13 anos e, em dezembro de 2015 a Caixa contava com 97.458 empregados.

O objetivo de todo esse sucateamento, tanto da Caixa quanto do BB? Prepará-los para a venda. “Eles estavam prontinhos para a privatização”, destaca Dionísio.

“E num momento como esse. Onde se tenta retomar o projeto neoliberal por meio de um golpe, os bancários têm de estar atentos e mobilizados, caso eles tentem implementar esse desmonte do Estado. Não vamos aceitar o retrocesso”, defende Ernesto.

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Redação - 9/5/2016

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