Os bancários e bancárias de todo o país já se preparam para mais um Campanha Nacional Unificada. Este ano ela começa mais cedo para fazer frente aos ataques que pretendem retirar direitos trabalhistas. E já na terça-feira 22 ocorre uma primeira assembleia: a partir das 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Entre outros poutos (veja edital na Folha Bancária), a assembleia elegerá delegados para a 20ª Conferência Estadual, que ocorrerá no dia 26 de maio.
A Conferência Estadual é uma das primeiras etapas de discussão da Campanha 2018. Nela, serão debatidas as propostas dos bancários de São Paulo para a mobilização e para a pauta de reivindicações da categoria.
Também é na Conferência Estadual que se elegem os delegados que representarão São Paulo na 20ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrerá na capital paulista, nos dias 8, 9 e 10 de junho, e aprovará a pauta de reivindicações a ser negociada com a Fenaban (federação dos bancos).
“Essa será nossa primeira campanha sob a lei trabalhista de Temer [em vigor desde 11 de novembro de 2017], feita sob medida para defender os interesses dos patrões, para acabar com direitos e para atacar a organização sindical. Portanto, essa será uma das campanhas mais difíceis, e precisamos de muita união, mobilização e luta”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, convidando todos a participarem da assembleia do dia 22.
“Se não quisermos perder direitos como PLR, VA e VR, horas extras, jornada de seis horas e muito mais, vamos ter de nos mobilizar e participar das assembleias e atos da Campanha 2018. É importante que o maior número de bancários esteja presente na assembleia do dia 22”, diz Ivone. “É a nossa união que nos dá força para enfrentar os bancos na mesa de negociação”, acrescenta.
Para o credenciamento à assembleia, o bancário deve levar documento de identificação com foto e crachá do banco ou holerite.
Consulta
Outro passo da Campanha 2018 já foi dado. Está sendo distribuída nos locais de trabalho e está disponível no site a consulta à categoria, na qual os trabalhadores de São Paulo, Osasco e região devem apontar suas prioridades para este ano.
Os dados servirão de base para os debates em torno da pauta da categoria, que será aprovada na Conferência Nacional. Participe!
Fim da ultratividade
Entre outros pontos nocivos para os trabalhadores, a lei 13.467/2017 acabou com o princípio da ultratividade, que garantia a validade de acordos coletivos de trabalho até a assinatura de um novo acordo. Com o fim da ultratividade, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária vale até 31 de agosto de 2018.
“Precisamos exigir da Fenaban o respeito à nossa CCT. Mesmo que a gente ainda não tenha assinado outra CCT em 1º de setembro, que é nossa data base, nossos direitos têm de ser mantidos e respeitados”, destaca a presidenta do Sindicato.
