Mesmo com lucro de R$ 4,3 bilhões só no 1º trimestre deste ano, o Bradesco está cortando empregos, sobrecarregando os funcionários, fechando agências e oferecendo péssimo atendimento aos clientes, que inclui insegurança nas unidades de negócio. Diante disso, o movimento sindical, organizado nacionalmente, lançou campanha de denúncia contra essa postura do banco.
Nas últimas mesas de negociação com o Bradesco, esses problemas apareceram de maneira frequente. “O banco já disse, em momento anterior, que o fechamento de unidades segue uma tendência do setor, o avanço tecnológico, e que é um movimento constante de avaliação de cenário. Mas nenhum avanço tecnológico justifica o que a gente tem visto ultimamente, sobretudo em regiões mais afastadas dos centros comerciais: filas enormes, às vezes para fora da unidade, agências com poucas pessoas para realizar atendimento, sem contar a pressão velada para encaminhar os clientes de menor renda para atendimento no Bradesco Expresso”, conta Erica de Oliveira, secretária de Formação do Sindicato e representante de São Paulo na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
O Sindicato tem acompanhado o esforço dos bancários para atender os clientes, e constatado que realmente falta gente; e tem acompanhado também as demissões promovidas pelo banco nos departamentos. Essas demissões têm gerado enorme apreensão entre os bancários. Muitos deles têm bastante tempo de banco e estão próximos da aposentadoria.
“O diagnóstico que temos é: tem muito trabalho a ser feito e falta gente. O Bradesco sempre foi um banco diferente, atendia a todos os públicos, mas atualmente vem mostrando uma mudança de postura que vem deixando seus clientes, principalmente os que precisam de atendimento presencial, bastante insatisfeitos. Por esse motivo protestamos: pelo fim do fechamento de agências, por segurança nas unidades de negócio, pelo fim das demissões e por mais contratações para melhor atender o cliente. Faremos atividades nas redes sociais e nos locais de trabalho. A clientela precisa saber que os bancários, sobrecarregados, são tão vítimas quanto eles”, destaca a dirigente.
Protesto no Twitter chegou a 4º nos temas do momento
O movimento sindical bancário realizou, no final da manhã desta quarta-feira 24, um tuitaço com a hastag #AVergonhaContinuaBradesco. A mobilização nas redes visou expor a irresponsabilidade social do banco, que lucra alto e devolve esse resultado à sociedade com corte de empregos e mau atendimento a usuários e correntistas. Com bastante engajamento, o assunto chegou ao quarto lugar nos trending topics Brasil e se manteve entre os sete primeiros por mais de duas horas após o início do tuitaço.
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