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Bancários cobram de Portela respeito ao emprego

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Em reunião nessa quarta-feira com representantes dos trabalhadores, presidente do Santander no Brasil negou venda do banco
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São Paulo - Empregos e direitos dos bancários têm de ser garantidos. Esse foi o principal recado levado ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, pela presidenta e pela diretora executiva do Sindicato, Juvandia Moreira e Rita Berlofa respectivamente, e pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

A reunião foi solicitada pelo Sindicato diante das notícias, que ganharam projeção nacional, sobre uma possível venda do Santander no Brasil devido ao agravamento da crise financeira internacional, em especial na Espanha.

Portela (na foto, à direita) recebeu os representantes dos trabalhadores nessa quarta 13 e traçou cenário sobre a situação da instituição na Europa e no Brasil. “Não há projeção de venda”, declarou Portela, que manteve aberto o canal de diálogo com os dirigentes sindicais.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, ressaltou a preocupação com os empregos dos bancários, que devem ser garantidos. “Há muita insegurança entre os 55 mil funcionários do Santander no Brasil, em relação ao futuro”, explicou a dirigente. “Também informamos a Portela que somos contra a concentração bancária, que é ruim para toda a sociedade”, relata Juvandia, lembrando que em 1999 os seis maiores bancos no país concentravam 59% dos ativos totais do setor. Em 2011, passaram a concentrar 81%.

> Vídeo: Juvandia Moreira critica concentração bancária

Além de também reforçar a garantia de emprego, Rita Berlofa cobrou de Portela o fechamento de um bom acordo aditivo para passar tranquilidade aos trabalhadores sobre o futuro do banco. “E destaquei a importância de fecharmos o acordo sobre a venda responsável de produtos, como já acontece na zona do euro e com o qual todos ganham: trabalhadores, empresa, clientes. O Santander sairia à frente no Brasil, o que seria muito positivo para a imagem da instituição num momento crucial como esse que atravessa em todo o mundo.”

Santander tem condições de valorizar trabalhadores

Solidez – No primeiro trimestre de 2012, o lucro líquido do Grupo Santander (considerando todas as suas filiais ao redor do mundo) apresentou queda de 23,9% com relação ao 1º trimestre de 2011, passando de 2,1 bilhões de euros para 1,6 bilhões de euros. As unidades do banco na Europa foram as que mais contribuíram para a queda do resultado. 

A América Latina representa mais da metade (52%) do lucro, enquanto a participação da Europa (inclusive Reino Unido) está em 38%. O Brasil é o país que contribui com a maior parte do resultado do banco, 27% do total. 


Cláudia Motta - 13/6/2012
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