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BB: desvio de função continua nas centrais de crédito

Linha fina
Sindicato confirmou novamente denúncias de bancários que são obrigados a se deslocar de sua agência para fazer vendas por telefone
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São Paulo – O desvio de função continua a todo vapor no Banco do Brasil com as irregulares centrais de crédito. O Sindicato confirmou nesta sexta-feira 8 a denúncia de três agências da região central que tiveram funcionários deslocados para realizar o trabalho de vender produtos por meio do telefone. De acordo com informações repassadas a representantes dos trabalhadores, o problema acontece também em outras regionais.

Empregados das agências Luz, Clóvis Bevilaqua e Patriarca foram os alvos da vez e tiveram de largar suas funções da agência para ir até a estrutura montada na Rua Libero Badaró, no Edifício Conde de Fontim, 17º andar, para realizar o serviço. Ironicamente, o local preparado para receber os bancários das agências fica ao lado da Gepes (Gestão de Pessoas).

O problema que vem sendo denunciando constantemente pelo Sindicato vai contra a própria direção do Banco do Brasil, que já informou que centrais de créditos estão proibidas, conforme o projeto BB 2.0.

O regional do Banco do Brasil tentou justificar ao representante dos trabalhadores, afirmando que não há uma central de crédito onde o Sindicato esteve e sim um contingenciamento devido a problemas de reforma nas agências e nas centrais telefônica.

“Se o problema for de reforma ou da central de telefone a situação tem de ser resolvida pelo CSL (Centro de Serviço e Logística). Se não, fica caracterizada uma central crédito”, afirma o funcionário do BB e diretor do Sindicato Paulo Rangel. “Por isso cabe o questionamento: de quem é a responsabilidade por deixar essas centrais continuar funcionando? Será que é do gerente da agência, do gerente regional ou do superintendente? Essa situação onde gerentes e assistentes são transformados em meros operadores de telemarketing comprova que o Banco do Brasil corre atrás do próprio rabo, pois ao desviar os bancários de função, prejudica ainda mais o atendimento nas agências, tendo que correr atrás do cliente que vem sendo afastado do banco e manifesta sua reclamação, conforme os índices do Banco Central. Se o problema persistir levaremos a denúncia ao Ministério do Trabalho”, completa o dirigente.


Carlos Fernandes - 8/6/2012
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