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Liberdade sindical cobrada em reunião do Call Center

Linha fina
Sindicato quer acesso livre de dirigentes ao SP-1 e SP-2 e denunciou ao banco falta de higiene com empresa responsável por alimentação
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São Paulo – O Sindicato voltou a questionar em reunião com representantes do Santander, a liberdade sindical dos dirigentes no acesso aos prédios SP-I e SP-II. A reunião foi nesta quarta-feira 20 para tratar dos assuntos específicos do Call Center do banco.

“Os dirigentes sindicais são bancários do Santander e devem ter acesso liberado para debater com os funcionários do Call Center problemas que afetam esses trabalhadores em suas rotinas”, afirma a diretora do Sindicato Maria Rosani.

Nesta quinta-feira 28, a dirigente sindical Maria Carmen Meireles, responsável pelo trabalho do Sindicato realizado no SP-I, visitará o departamento com a Relações Sindicais do banco. Na sexta-feira 29, o dirigente Marcelo Gonçalves também será acompanhado por um representante do banco durante a distribuição da Folha Bancária no SP-II. “Esse trabalho será importante para que os funcionários conheçam os seis diretores representantes do Sindicato. No entanto, o acesso diário para a distribuição de materiais e debate com a categoria deve ser aberto, uma vez que o Sindicato é uma entidade reconhecida, legítima, e que defende os direitos de liberdade sindical”, ressalta Maria Rosani.

O debate sobre as funções exercidas pelos funcionários do nível 1 e 2 continuaram nesta reunião. No 2º nível, as funções já estão normalizadas. Segundo o banco, os bancários do nível 1 terão a situação estabilizada até o início de julho. Sobre a pressão para o cumprimento de horas extras, a orientação é a mesma: os bancários devem denunciar ao Sindicato caso sejam obrigados por seus gestores a trabalhar nos fins de semana ou após o término da jornada.

Higiene no refeitório – Após denúncias de trabalhadores sobre a falta de qualidade na comida oferecida nos refeitórios do SP-1 e SP-2, o Sindicato cobrou cuidados com a higiene dos locais. “As queixas informam extrema falta de higiene. Foram encontrados cabelos em alimentos e até larvas, colocando em risco a saúde dos funcionários. Exigimos respeito aos trabalhadores”, completa a dirigente.

Na reunião dessa quarta o banco informou que uma comissão irá fiscalizar o trabalho da empresa responsável pela alimentação.

Audiometria – Outro assunto em debate foi a rotina de exames médicos dos funcionários do Call Center. Para o Sindicato, é importante acompanhar a saúde auditiva dos trabalhadores, que ficam o dia todo no atendimento. “O banco continuará realizando as audiometrias na contratação dos empregados. No entanto, queremos acompanhar a saúde desse pessoal. Solicitamos periodicidade na realização do exame, no entanto, o banco informou que isso será feito apenas pontualmente, diante de algum problema, após pedido no ambulatório médico”. Os dirigentes sindicais solicitaram ao Santander um levantamento de quantas queixas de problemas audiométricos o ambulatório da empresa registra.

SAC e Ouvidoria – O Sindicato está de olho na transferência dos bancários da Ouvidoria e do SAC situados no Conjunto Nacional. Segundo o Santander, os trabalhadores devem ser transferidos para o prédio da Bráulio Gomes, no entanto, uma equipe de engenharia avalia se o local comportará mais cerca de 400 funcionários e quais adequações serão necessárias em banheiros e refeitório. A diretora do Sindicato alerta que é fundamental a participação de um cipeiro, eleito pelos trabalhadores, para acompanhar todo o processo, que deve ser finalizado no prazo de 90 dias.


Gisele Coutinho – 20/6/2012

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