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Bancário quer também diversão e arte

Linha fina
Vale-Cultura faz parte da pauta de reivindicações dos funcionários do Bradesco volta à mesa em julho
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São Paulo – Integrantes do movimento sindical discutirão com representantes do Bradesco em julho a concessão do vale-cultura aos seus funcionários. O tema integra a pauta de reivindicações dos funcionários, entregue em 17 de abril, e faz parte da campanha de valorização nas ruas desde 8 de maio.

“O Bradesco patrocina eventos culturais suntuosos como o Cirque du Soleil, mas ao mesmo tempo a maioria dos seus funcionários não ganha o suficiente para investir em cultura. Por isso seria coerente o vale-cultura”, considera o dirigente sindical Marcos Amaral.

Vale-Cultura - Sancionado pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro de 2012, o vale-cultura esta previsto para começar a vigorar em julho e deverá injetar no mercado cerca de R$ 11,3 bilhões. As empresas que se cadastrarem no Programa de Cultura do Trabalhador terão incentivos fiscais. A adesão é voluntária.

Pela lei, o vale será destinado a quem ganha até cinco salários mínimos e a ideia é que ele seja gasto na compra de ingressos para cinema, teatro, shows, circo, livros, revistas, DVDs e ainda na aquisição de instrumentos musicais e cursos de linguagens artísticas com música ou teatro. O vale virá em cartão magnético, semelhante ao Bilhete Único ou Ticket Refeição, sendo abastecido com R$ 50 por mês, valor que poderá ser acumulado. 

A empresa poderá abater o valor gasto com o vale-cultura com até 1% do Imposto de Renda. A lei estipula que todas possam adotar o programa tendo incentivo para isso já que não pagarão tributos sobre os valores destinados ao direito. Mas somente as empresas tributadas com base no lucro real poderão receber o incentivo direto no Imposto de Renda.

“Nós reivindicamos ticket alimentação e ticket refeição, mas tão importante quanto essas conquistas, é se alimentar também de cultura”, ressalta o dirigente, que finaliza parafreasando a banda Titãs. “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”, Marquinhos.


Rodolfo Wrolli – 24/6/2013

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