São Paulo – Foi eletrizante a primeira rodada da Copa do Mundo que está sendo disputada no maior palco da bola. Média de gols alta, craques desfilando talento e viradas espetaculares. Destacar Alemanha, Holanda e Brasil não coloca os demais times como coadjuvantes e, padrão "Brasileirão", só mesmo para Irã contra Nigéria e Rússia e Coréia do Sul.
O primeiro jogo já foi daqueles. Time da casa em campo, gol contra para os adversários logo de cara, pênalti duvidoso, gol anulado e virada sacramentada ao estilo Romário. Neymar, o cara do Brasil, começou bem o caminho para ser o cara da Copa. Fez dois na vitória por 3 a 1 sobre a Croácia e já seria artilheiro na primeira rodada.
Seria, se a Alemanha de Müller não chegasse chegando. Ele fez três na imponente vitória por 4 a 0 sobre Portugal. Cristiano Ronaldo, o maior do mundo padrão Fifa, mal viu a bola e acabou a rodada como a única estrela apagada.
Robben e Van Persie, por exemplo, seguiram Neymar e fizeram dois cada no ferro que a Holanda deu na campeã Espanha. Demolidores 5 a 1, de virada, que fizeram balançar até o “sagrado” tiki-taka da Fúria.
E o Messi? Fez um golaço na vitória por 2 a 1 sobre a Bósnia, mas ficou uma impressão de que foi pouco para o que se espera. O destaque para o jogo ficou mesmo para o Maracanã argentino.
Teve jogo de campeões, no meio da selva, com a Itália derrotando a Inglaterra por 2 a 1 com requinte de Pirlo (foto abaixo) e gol decisivo de Bolotelli.
A França e Benzema fizeram o que se esperava de ambos no jogo contra Honduras. Vitória fácil por 3 a 0, com dois do centroavante e maior esperança de gols dos azuis, depois do corte de Ribéry.
Também maior esperança de gols, só que da Costa do Marfim, mesmo começando no banco Drogba foi decisivo. Entrou quando seu time perdia por 1 a 0 para o Japão e mudou o jogo. Não participou diretamente dos dois gols da virada, mas sua presença fez os educados japoneses tremerem.
A Costa Rica foi a que conseguiu a maior surpresa até agora em uma virada de tirar o fôlego. Começou perdendo para o Uruguai e parecia que seriam três pontos fáceis na conta Celeste. Nada. Os vermelhos passaram por cima no segundo tempo e marcaram 3 a 1 . Ao lado de Uruguai e Honduras, o Equador foi outro latino americano a perder. Por 2 a 1, para a chamada “melhor Suíça de todos os tempos”, em um lance com a marca do futebol. Nos acréscimos, com o placar empatado, os equatorianos tiveram chance clara de marcar o gol da vitória, mas perderam e ainda viram nascer um contra-ataque que selaria a vitória adversária.
Outros três latino-americanos venceram bem. A Colômbia passou fácil pela Grécia por 3 a 0, o Chile derrotou a Austrália por 3 a 1 e o México derrotou Camarões pelo placar mínimo no jogo em que três gols valeram um.
A rodada ainda teve outras reviravoltas nos finais. Gana e Estados Unidos, por exemplo, estava 1 a 0 para os norte-americanos graças a um gol ainda no primeiro minuto do jogo. Nos dez finais, Gana empatou, mas logo depois tomou o segundo. A Bélgica, outra tradicional zebra que vem com bastante expectativa, saiu perdendo para a Argélia e virou só lá pela segunda metade do segundo tempo.
De “padrão Brasileirão”, dois jogos. Um horroroso 0 a 0 entre Irá e Nigéria e um pálido 1 a 1 entre Coréia do Sul e Rússia. Sobre eles, nada diferente do que vemos todo meio e final de semana dos dias normais de futebol por aqui.
Segunda rodada – Brasil e México abriram a segunda rodada, na terça-feira 17, e a seleção parou na muralha Ochoa, que garantiu o empate sem gols. Três campeões do mundo correm riscos e dois podem ser eliminados. Espanha, Uruguai e Inglaterra já entrariam em campo com a faca no pescoço.
Redação – 18/7/2014
