São Paulo - Bem que o prefeito Fernando Haddad tentou, mas o caos que tomou conta da cidade de São Paulo na terça-feira 17, dia do jogo do Brasil contra o México, pode se repetir. Ou até se agravar. É que na segunda-feira 23, além de a Seleção Brasileira enfrentar Camarões no Mané Garrincha, em Brasília, a capital paulista sedia jogo entre Holanda e Chile, na Arena Corinthians.
Com o objetivo de evitar o repeteco de trânsito travado – foram 302 quilômetros de congestionamento o dia 17 – e transporte público superlotado (foto), Haddad enviou na manhã da quarta-feira 18 um decreto à Câmara Municipal tornando feriado as datas em que o Brasil jogar.
De acordo com o vereador Paulo Fiorilo (PT), a base governista não conseguiu os 28 votos necessários para aprovar. “E a oposição jogou pelo quanto pior, melhor. Sem levar em consideração o caos que pode ser a segunda-feira.” A Prefeitura informou que estuda outras medidas para atenuar os efeitos do trânsito na cidade.
A data deve ser um “dia normal” de trabalho, de acordo com Fiorilo, já que não há novas sessões previstas na Câmara nesta semana, quando quinta-feira 19 é feriado (Corpus Christi) e na sexta 20 não tem votação. “O que pode ser decretado é ponto facultativo para o funcionalismo público na segunda-feira, tirando uma parte dos trabalhadores da circulação nas ruas.”
Segundo "não" – Vale lembrar que o prefeito já havia tentado se antecipar ao caos, quando encaminhou o projetou que tornou 12 de junho, dia da abertura da Copa do Mundo, feriado em São Paulo. No entanto, na votação de 13 de maio, o Legislativo barrou.
> Câmara aprova feriado só na abertura da Copa
No texto, Haddad afirmava que os feriados garantiriam “redução expressiva do trânsito, impedindo colapso do sistema viário, descongestionando o transporte público rodoviário e a rede metroviária”.
Cláudia Motta - 18/6/2014
Linha fina
Prefeito tentou, novamente, evitar caos no trânsito e transporte público, mas vereadores não votaram decreto encaminhado
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