São Paulo – Se a intenção do Bradesco nesse ano é não dar condições decentes para atendimento, está indo bem. Em maio, pela segunda vez seguida, foi o mais reclamado pelos clientes, segundo o Banco Central.
A determinação em dificultar o bom atendimento fez o banco ganhar posições neste ano. Começou em quarto em janeiro, “tropeçou” e caiu para quinto em fevereiro, mas voltou a galgar posições chegando ao segundo lugar em março e, finalmente, à liderança em abril, mantida em maio.
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Não é para menos. Apesar de aumentar os lucros em 23% nos primeiros três meses do ano (R$ 4,2 bilhões) em relação ao mesmo período de 2014, foram eliminados nada menos do que 4,5 mil postos de trabalho, aumentando a sobrecarga, já que o número de correntistas manteve-se o mesmo. Cada bancário hoje administra 280 contas correntes, enquanto no primeiro trimestre de 2014 eram 267. Os dados são do próprio banco e estão em seu balanço trimestral, o mais atualizado.
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“É claro que o atendimento piora. Por mais que o bancário se esforce, está cada vez mais sufocado e impossibilitado de dar aos clientes a atenção que gostaria”, comenta a diretora executiva do Sindicato Neiva Maria.
No ranking, o Bradesco teve índice de 15,64, o maior desde novembro do ano passado, quando o BMG bateu em 38,38. Foi, ainda, o maior para o banco desde pelo menos julho do ano passado, período mais antigo que o BC informa em seu site nas condições atuais.
Caixa e HSBC – A Caixa Federal e o HSBC, outros com presença frequente na lista em 2015, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, com índices de 9,63 e 8,73. O Santander (5,48) e o Banco do Brasil (4,23) fecham os cinco primeiros.
O índice é calculado dividindo-se o número de reclamações reguladas procedentes pelo número de clientes e multiplicado por 1.000.000.
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Redação – 16/6/2015
