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Emprego é prioridade para bancários do Bradesco

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Pauta aprovada no encontro nacional apresenta outras reivindicações importantes como auxílio-educação e plano de cargos e salários
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São Paulo – A manutenção do emprego é prioridade para os bancários do Bradesco. Foi o que apontaram os 120 delegados que representavam trabalhadores do banco em todo o país, em Encontro Nacional realizado na capital paulista, nos dias 7 e 8. A pauta aprovada durante o encontro também aponta outras reivindicações como plano de cargos e salários e auxílio-educação.

“Nossa grande prioridade é emprego. Lutamos pelo fim das demissões e por contratações. Mesmo com lucro bilionário, o Bradesco está cortando postos de trabalho, o que sobrecarrega os trabalhadores que ficam e prejudica o atendimento aos clientes. Hoje nas unidades do banco, um bancário chega a executar tarefas de três ou quatro. É inadmissível”, diz a diretora do Sindicato Sandra Regina Vieira da Silva.

O Bradesco extinguiu 3.581 empregos em 12 meses (de março de 2015 a março de 2016), sendo que 1.466 apenas no primeiro trimestre de 2016. Por outro lado, lucrou R$ 4,113 bilhões nos primeiros três meses deste ano e R$ 17,8 bilhões em 2015 (resultado que foi 16,4% maior que o de 2014).

> Mesmo com lucro, Bradesco segue demitindo 
> Bradesco lucrou R$ 17,8 bilhões em 2015

Ampla discussão – Sandra lembra que a pauta aprovada foi debatida democraticamente pelos bancários do Bradesco em todo o país. “Nós de São Paulo, Osasco e região discutimos e aprovamos nossas prioridades em assembleia, e levamos nossas propostas ao encontro nacional.”

Outras reivindicações – Dos quatro maiores bancos privados do país, o Bradesco é o único que não oferece bolsas de estudo aos trabalhadores e essa é uma reivindicação antiga dos funcionários. “Queremos discutir com o banco a criação de um programa de concessão de auxílio-educação para graduação e pós-graduação, em todas as áreas de conhecimento. É uma forma de o Bradesco valorizar quem constrói seu lucro”, destaca Sandra Regina.

Outra forma de valorização, segundo a dirigente, é um plano de cargos e salários, também na pauta. “Reivindicamos a implantação de um PCCS que adote critérios claros e transparentes”, destaca.

A pauta de reivindicações foi entregue ao banco na quinta-feira 9.


Redação, com informações da Contraf-CUT – 9/6/2016
 
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