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Chapéu
Futebol

Uma Copa do Mundo contra a desigualdade

Linha fina
Apesar de premiação desigual e investimento baixo, Copa do Mundo de futebol feminino, disputado na França, deve ter recorde de audiência e bilheteria
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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Começou oficialmente nesta sexta-feira (7) a oitava edição da Copa do Mundo feminina, disputada neste ano na França. O torneio, que começou a ser disputado em 1991, nunca teve tanto holofotes virados em sua direção quanto em 2019, o que traz de volta o debate sobre o tratamento diferenciado da modalidade disputada por homens e mulheres.

Para uma modalidade que tem menos investimento, os números impressionam. O recorde de venda de ingressos foi batido em abril, e as entradas para finais, semifinais e para o jogo de abertura entre França, dona da casa, e Coréia do Sul, esgotaram-se em 48 horas. A expectativa é que a transmissão dos jogos, que será feita por duas emissoras de TV aberta no Brasil, alcance a audiência de 1 bilhão de pessoas em 135 países.

Apesar da visibilidade, o abismo estre as modalidades ainda é enorme. Apesar de ter dobrado as premiações em relação a última copa feminina, o valor pago as mulheres não chega a 1% do montante destinado aos homens. Caso a França, por exemplo, repita o feito masculino e vença o mundial em casa, receberá 4 milhões de dólares, contra 38 milhões recebidos pelos homens.

“As modalidades ainda são tratadas de forma muito diferente, desde as categorias de base até os campeonatos profissionais, seja no pagamento das atletas, no investimento dos clubes e na divulgação dos campeonatos. A visibilidade desta Copa do Mundo é importante para estabelecer um marco de redução de desigualdade entre os gêneros no mundo do trabalho, incluindo o futebol”, disse a secretária de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Marta Soares.

A seleção brasileira estreia na competição no domingo (9), contra a Jamaica, às 10h, horário de Brasília. O Brasil está no grupo C, ao lado de Jamaica, Itália e Austrália.

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