São Paulo – Funcionários do Banco do Brasil que trabalham no período da noite do setor de compensação estão com receio de serem transferidos de turno e perderem a remuneração e a rotina a que tiveram de se adaptar.
A insegurança surgiu depois que um dos funcionários do setor, após trabalhar durante 10 anos no período da noite, foi transferido para trabalhar no turno da manhã, o que causou indignação no bancário e em todos que trabalham no setor – cerca de 20 no total. O descontentamento se deu em função da mudança repentina alterar a rotina do trabalhador e a sua remuneração, uma vez que a renda mensal do bancário contava com o adicional noturno.
“As mudanças tecnológicas estão reduzindo o número de funcionários do turno da noite. Mas ainda há necessidade de serviços que esses trabalhadores podem realizar. Muitos trabalham há 10 ou 20 anos à noite para atender à necessidade do banco e agora estão sendo transferidos e perdendo parte significativa de sua remuneração. Não é justo e queremos negociar a incorporação do ATN”, diz o diretor do Sindicato Ronaldo Tetsuo Kodama.
O Sindicato, após receber a denúncia, visitou o local de trabalho e realizou reuniões com os trabalhadores. De imediato, o banco se comprometeu a não realizar mais nenhuma transferência no setor até o final da Campanha Nacional da categoria. No entanto, recusou a voltar atrás na decisão do bancário transferido e, por isso, o Sindicato colocou o departamento jurídico à disposição do trabalhador.
Outro compromisso da administração com o Sindicato, no caso de abertura de vagas noturnas, é realizar um processo seletivo com a participação dos trabalhadores, através do Sindicato, do delegado sindical e dos membros da equipe de comunicação e auto-desenvolvimento (ECOA), garantindo critérios transparentes e objetivos.
Durante a Campanha Nacional, os bancários irão negociar a incorporação do adicional noturno aos funcionários que trabalham à noite caso sejam transferidos para o turno da manhã.
Tatiana Melim - 24/7/2012
