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Botín reafirma que não vai vender Santander Brasil

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Presidente mundial do banco ressalta região da América Latina como estratégica e fala em crescimento
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São Paulo – O presidente mundial do Santander, Emilio Botín, reafirmou que não pretende vender o banco no Brasil. Em reportagem da revista Carta Capital, o CEO da instituição espanhola disse: “estamos concentrados em crescer, não em vender”. E uma mostra disso seriam os investimentos de 66 bilhões de dólares feitos na América Latina, onde estão 19% dos ativos e de onde saem 52% dos lucros. “A região é estratégica, estamos de olho no crescimento da população, principalmente da classe média, que só no Brasil aumentou em 30 milhões no governo Lula”, ressalta Botín.

O desenvolvimento do mercado de trabalho latino-americano é relevante para os planos do Santander. De acordo com o diretor-geral da divisão América, Jesús Zabalza, na próxima década cerca de 70 milhões de jovens serão incorporados ao mercado de trabalho latino-americano. “As classes média e alta aumentarão em 100 milhões até 2020 e representarão 72% da população.”

As mudanças recentes promovidas pelo governo federal na economia brasileira – com a redução da taxa de juro e aumento da renda da população – também ampliam a importância do país. O Santander acredita num potencial de crescimento de 15% a 17% ao ano para o mercado de crédito. “A transformação do mercado financeiro no Brasil será muito forte nos próximos dois, três anos”, disse à reportagem Marcial Portela, presidente do Santander Brasil.

A diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa, lembra que Portela fez a mesma afirmação aos dirigentes sindicais bancários, em reunião em junho. “Afirmamos omos contra a venda, que agravaria a concentração financeira no país, o que é muito ruim para toda a sociedade. Já manifestamos isso ao Santander e ao Banco Central. Fusões entre bancos também são prejudiciais para os bancários e desde que surgiram os boatos sobre uma possível venda do Santander, o Sindicato vem agindo no sentido de defender os direitos dos trabalhadores”, completa a dirigente, ressaltando que, se o banco ficar, tem de atuar no sentido de melhorar as condições de trabalho por aqui. “O Santander ainda deve muito aos bancários brasileiros que são responsáveis por um dos melhores resultados da empresa em todo o mundo.”

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Redação, com informações da Carta Capital - 3/7/2012

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