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Debate sobre jornada causa revolta no BB

Linha fina
Banco afirma que não negocia implantação das seis horas para todos comissionados sem redução de salários
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São Paulo - A jornada de seis horas no Banco do Brasil foi a principal pauta da mesa de negociação permanente entre representantes dos bancários e da empresa. A direção do BB não quer negociar, segundo informou na reunião de terça-feira 10, em Brasília, deixando indignados os dirigentes sindicais. Os bancários reivindicam a carga horária para todos os comissionados sem redução de salário.

O funcionário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato Cláudio Luis participou da mesa de negociação e critica a postura do banco, lembrando que a instituição já vem perdendo ações na Justiça. “Consideramos uma falta de respeito com os trabalhadores, com o movimento sindical e o processo de negociação. Nossa resposta será a mobilização.”

Durante a negociação foram debatidos Sinergia e assédio moral, a Plataforma de Suporte Operacional (PSO), a redução da trava para remoção das Centrais de Atendimento do Banco do Brasil e o pagamento do interstício de 3% sobre o VCPI dos incorporados, entre outras questões.

Sinergia e assédio – Os representantes dos trabalhadores apontaram os problemas do Sinergia que acarreta mais assédio moral. A situação foi denunciada em diversas ocasiões. Gerentes são obrigados a assinar termos de compromisso para cumprir metas ou, caso contrário, seriam descomissionados. O banco informou que não compactua com isso.

PSO – Os trabalhadores reafirmaram na mesa de negociação o debatido no 23º Congresso dos Funcionários do BB: a implantação da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) reduziu o número de caixas e está causando muitos transtornos nas agências com filas enormes e muita reclamação de clientes e funcionários.

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Intimidação – O movimento sindical expressou repúdio também ao uso irregular da avaliação de desempenho profissional, conhecida como GDP, quando reprime o trabalhador por participar de manifestações organizadas pelo Sindicato, como aconteceu na CABB e na CSO do complexo São João.

Interstício e trava – Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar o pagamento de 3% sobre o VCPI e a redução da trava para remoção da CABB, que atualmente é de dois anos. O banco não deu resposta para nenhuma das questões.


Redação, com informações da Contraf-CUT - 11/7/2012

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