São Paulo – Os funcionários do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) do Banco do Brasil denunciaram a dirigentes sindicais a falta de processo seletivo para as novas vagas criadas na reestruturação do departamento.
No dia 17 de julho, a administração do SAC nomeou 13 pessoas para cargos de gerente de setor, gerente de grupo e analistas, “em caráter de urgência”, conforme correspondência da gestão local. Dessa forma, os funcionários que tinham interesse nos cargos não puderam sequer pleitear as vagas.
Na correspondência, a administração afirma que a escolha respeitou critérios como a formação educacional, a avaliação funcional GDP e o comprometimento com o SAC.
A dirigente sindical da Fetec-CUT Fernanda Lopes considera vaga a explicação dada pela administração. “Compromisso não pode ser considerado um critério, pois muitos funcionários que são aptos a participar da seleção têm compromisso com a empresa e com o SAC e ficaram frustrados, desanimados e revoltados com o processo e com o estilo de gestão que privilegia a formação de ‘panelas’”, critica.
Já o diretor do Sindicato João Fukunaga destaca que, ao contrário do que alega a administração, não foi considerada a formação educacional. “A ‘canetada’ privilegiou critérios que ficaram obscuros, sem transparência e com desrespeito. Lutamos para que as promoções sejam a partir de provas e títulos, com seleções internas para avaliar o conhecimento de normas e rotinas, realizadas de forma isenta e com objetividade. Essa resolução foi aprovada pelos funcionários no 24º Congresso [dos funcionários do BB] e queremos uma negociação séria nesst campanha sobre esse tema”, exige.
O SAC deve fazer novas nomeações em breve. O Sindicato irá realizar intervenções para exigir transparência na empresa e no departamento. “O BB é estatal, precisa ser público e ter práticas condizentes com seu discurso de responsabilidade socioambiental. Convocamos todos a participar das manifestações realizadas pelo Sindicato, cobrando o BB para que respeite seus trabalhadores”, completa o dirigente.
Redação – 30/7/2013
