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Bancários denunciam sufoco na CABB

Linha fina
Falta de funcionários e medidas da gerência pressionam atendentes e gerentes
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São Paulo - A Central de Atendimento do Banco do Brasil (CABB) tem mais de 100 vagas para atendentes não preenchidas e a direção do banco não está contratando aprovados no concurso em São Paulo. O descaso tem aumentado o estresse e a sobrecarga de trabalho dos funcionários.

O contexto do setor fica ainda pior pelo tipo de funções exercidas e baixa oportunidade de crescimento profissional. Assim, os funcionários têm deixado a CABB em busca de outros locais de trabalho logo após completarem o tempo exigido pela trava que impede transferências e nomeações. O prazo geral no banco é de dois anos, mas para os atendentes é de um ano, conquista da campanha de 2012.

"A falta de contratações em São Paulo é uma decisão da direção da empresa, que afirma que há excesso de trabalhadores no estado. O Sindicato e a Contraf refutam essa tese por entender que o aumento da demanda e das metas justificam mais contratações", diz Claudio Luiz de Souza, representante dos funcionários na Comissão de Empresa. "Na CABB o problema é tão grave que abriram as vagas para funcionários de outros locais, mas o interesse tem sido baixo, segundo os trabalhadores", acrescenta.

Como se não bastasse, os trabalhadores têm denunciado ao Sindicato a gestão da CABB, que teria aumentado a pressão sobre gerentes para atingir metas e alterado o processo de trabalho dos atendentes. A gerência teria, ainda, remanejado grande quantidade de pessoal para atuar exclusivamente no atendimento denominado "ativo", para oferecer produtos e crédito. O processo estaria deixando sobrecarregados os remanescentes, agora responsáveis por todo atendimento chamado de "receptivo", ou seja, ligações para tirar dúvidas e solicitar serviços.

“A falta de funcionários e a inabilidade de gestão de pessoas da Dipes vêm prejudicando as condições de trabalho. Aliado a este problema temos a política de promoção pessoal do gerente-geral da CABB que pressiona os funcionários para bater metas abusivas visando uma futura promoção. Tudo isto afeta a saúde dos funcionários, elevando a um grau excessivo o estresse emocional dos atendentes”, conforme o dirigente Joao Fukunaga.


Redação - 5/7/2013

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