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Pacotes básicos de tarifa são os que mais subiram

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Segundo pesquisa do Idec, aumento foi de 61% de 2008 até os dias atuais, mínimas diferenças entre as opções continuam confundindo os clientes e diversos pacotes foram descontinuados
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São Paulo – Após cinco anos da padronização das tarifas bancárias, uma pesquisa foi feita para avaliar o comportamento dos preços dos pacotes de taxas dos seis maiores bancos do país, com mais de um milhão de clientes, que juntos respondem por cerca de 70% das operações de crédito no Brasil. São eles: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, HSBC, Itaú e Santander e os dois maiores problemas constatados foram o aumento muito acima da inflação – até 111% – e a descontinuidade de pacotes, com criação de novos.

O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) constatou que, em maio de 2013, o número de pacotes de tarifas bancárias disponíveis mais do que dobrou em relação a 2008. Passou de 35 para 78 a soma de todos os pacotes ofertados por esses bancos, o que pode confundir o consumidor, já que as diferenças são mínimas entre os serviços oferecidos.

O estudo aponta que, desde 2008, muitos pacotes foram substituídos e o valor cobrado pelos serviços aumentou consideravelmente. Para o órgão, não seria possível comparar pacotes iguais, recentes, aos da época, já que muitos foram descontinuados. Os pacotes pesquisados, portanto, foram os de menor e os de maior valor, disponíveis para contratação nos dois períodos.

Preços lá em cima – Diante da oferta de novos pacotes, a comparação de preço no período de cinco anos ficou restrita a quatorze produtos (40%) do total de 2008, seis pacotes tiveram aumentos, entre 38% e 111%, muito acima da inflação acumulada no período de maio de 2008 a abril de 2013.

Entre os pacotes considerados mais econômicos oferecidos pelos bancos – os classificados como simples, econômico, fácil e básico – a variação do valor cobrado, entre 2008 e 2013, cresceu em média 61%. Já os pacotes de maior valor – classificados como super, especial, plus, advance – estão em média 49% mais caros.

O preço médio dos pacotes básicos com menor quantidade de serviços, como de contas universitárias, por exemplo, custavam, em maio de 2008, R$ 9,57, enquanto o valor do maior pacote era de R$ 30,53. Hoje, o valor foi para R$ 15,37 e o preço médio para o pacote com mais serviços chegou a R$ 45,40.

Os campeões – O destaque ficou com o Banco do Brasil que promoveu a maior alteração da carteira de pacotes de serviços, descontinuou todos os pacotes que existiam em 2008 e lançou 26 novos pacotes.

O BB aumentou em 32% a tarifa do menor pacote de serviços, de R$ 9 para R$ 11,90, e foi a instituição financeira que menos subiu o valor do maior pacote, apenas 9%, de R$ 35 para R$ 38. O outro banco público, a Caixa Federal, aumentou em 71% o valor da tarifa do menor pacote, de R$ 7,50 para 12,80.

O Santander preservou apenas um pacote nesses cinco anos. Além disso, aumentou em 124% o valor da opção com menor valor, que foi de R$ 8,90 para R$ 19,90. O Itaú aumentou em 66% o pacote menor, de R$ 8,50 para R$ 14,10, no entanto, o pacote com valor maior, foi de R$ 19,80 para R$ 50, elevação de 153% na tarifa. O HSBC elevou de R$ 15 para R$ 19,50 o menor pacote, aumento de 30%.

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Redação, com informações do Idec – 12/7/2013

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