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Trabalhadores criticam reestruturação no BB

Linha fina
Em reunião com o banco, COE reclama das mudanças na Dirao e da vinculação de metas na nova GDP
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São Paulo - A Comissão de Organização dos Empregados (COE) criticou as mudanças feitas pela direção do Banco do Brasil na Dirao (Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais) e a vinculação de metas na nova GDP (Gestão de Desempenho por Competência e Resultados), a qual avalia os funcionários. Esses e outros temas foram debatidos na rodada de negociação ocorrida na terça 16.

Durante a exposição do novo modelo organizacional, os representantes do banco afirmaram que haverá seleção para as funções na nova estrutura. “Reivindicamos que esse processo seletivo seja transparente, tenha ampla divulgação, priorize os funcionários lotados na rede Gerat e não prejudique os bancários que já têm função. Isso não pode servir de desculpa para que haja perseguição de alguns gestores a trabalhadores”, afirma o integrante da COE Cláudio Luis de Souza.

Ficou assegurado que o assistente com jornada de oito horas poderá optar por permanecer desta forma ou passar para seis horas no cargo similar do novo modelo. Os bancários com jornada de seis horas terão de permanecer na mesma jornada no novo cargo.

SAC – Outro setor que passará por reestruturação é o SAC (Serviço de Apoio ao Cliente), no qual foram ampliadas as funções. Para preencher os cargos de gerente será utilizado o TAO (Talentos e Oportunidades), mas para definir os novos analistas haverá seleção nas próprias unidades.

“A criação de mais funções favorece os funcionários, mas a promoção tem de ocorrer a partir de critérios claros e objetivos. Recentemente discutimos com o SAC de São Paulo critérios para a ascensão dos trabalhadores do setor e verificamos ser possível chegar a consenso que torne esse processo amplo e democrático”, destaca o dirigente.

GDP – A intenção do banco em vincular o cumprimento de metas individuais à GDP do funcionário também foi criticada pelo movimento sindical. Segundo os integrantes da COE o banco está desvirtuando a forma de avaliar os trabalhadores. “A cada dia o bancário tem meta nova e bem maior em relação à imposta na véspera. Às vezes ela muda no decorrer do expediente. Além de não aceitarmos esse atrelamento ao GDP, exigimos que o banco cesse a política de metas abusivas, as quais aumentam o assédio moral, a violência organizacional, com o consequente adoecimento dos trabalhadores”, diz o dirigente.

Faltas de greve – O banco afirmou que avalia a reivindicação do Sindicato de alterar o Código 308 - que classifica as ausências dos dias de luta contra a imposição do plano de funções como faltas não abonadas e não autorizadas - para o Código 490 que as define como faltas de greve. “As paralisações foram aprovadas em assembleia e a atitude do banco desrespeita o direito dos funcionários de lutar por melhores condições de trabalho”, acrescenta o dirigente.

Outras reivindicações

Controle disciplinar - Em relação às mudanças reivindicadas pelas entidades sindicais para a Instrução Normativa 383, o banco afirmou que  busca formas de atender às reivindicações do funcionalismo.

PSO - As entidades sindicais reivindicaram mesa específica para tratar de questões deste setor do banco, pois desde que o BB estendeu para todo o país as PSO os problemas só aumentaram.

Sesmt - Em relação à cobrança de preenchimento das vagas do Sesmt pelos concursados, o banco informou que ainda faltam 23 vagas no país para serem ocupadas. O maior problema está nas de médico: são 16 vagas com dificuldades de preenchimento. Os concursados entram e depois saem e o processo de posse recomeça. Muitos concursados não tomam posse após a qualificação. O salário desses profissionais variam de R$ 6.235,33 a R$ 7.898,76 para jornada de 4h.

Falta de funcionários - O problema é generalizado no país. Existem concursos de escriturários em aberto em várias regiões do país. O BB não está fora de seu teto autorizado pelo governo. Os próprios gestores das dependências reclamam da falta de funcionários para preencher as vagas na dotação. Para piorar a situação, ao invés de contratar, o banco cria programas de incentivo à aposentadoria.

Remoção automática – Os dirigentes cobraram o respeito à cláusula 48ª do acordo aditivo para que a remoção automática (SACR) funcione em todas as dependências do banco - tanto em área meio quanto na rede de agências. Há denúncias de que em vários locais as remoções estão travadas.

Bolsa de estudo - Os funcionários com licença saúde e em QS-disponibilidade não puderam participar do processo para as bolsas de graduação e pós graduação. Foi reivindicado que se corrija o problema.

Economus - Foram apontadas dificuldades que os sindicatos encontram para obter respostas e de serem atendidas pelo Economus. Nem os ofícios remetidos a ele são respondidos.

Cassi e Previ para todos - A Contraf-CUT fez um apelo ao Banco do Brasil para que neste ano seja instalada mesa de solução para acabar com a discriminação aos funcionários oriundos de bancos incorporados e para que todos possam ter direito à Cassi e à Previ.


Redação com informações da Contraf-CUT 17/72013

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