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Atos contra venda de campos terrestres da Petrobras

Linha fina
Mobilização busca chamar a atenção da população para o "crime que se comete com o município de Mossoró". Segundo o sindicalista José Araújo, do Sindipetro-RN, a Petrobras está sendo privatizada de forma enganosa
Imagem Destaque
São Paulo – Os petroleiros promoveram na manhã de terça 26, dia nacional de luta da categoria, ato em frente à Base-34, sede administrativa da Petrobras em Mossoró (RN), na BR-304, contra a venda dos campos maduros terrestres da empresa. O ato, que começou às 6h, contou também com adesão de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Outros protestos foram realizados em trechos da BR-101 na Bahia, Espírito Santo e na entrada de Macaé, no Rio de Janeiro.

Os campos foram definidos para concessão à iniciativa privada no plano de desinvestimentos da empresa. Esses campos estão localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Espírito Santo, e produzem 35 mil barris por dia, representando 2% da produção nacional. Ao todo, são 98 concessões de produção, mais seis blocos de exploração, totalizando 104 concessões.

O coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras (Sindipetro-RN), José Araújo, afirmou em vídeo no página do sindicato no Facebook que a mobilização busca “chamar a atenção da população para o crime que se comete com o estado do Rio Grande do Norte, com o município de Mossoró. A Petrobras está sendo privatizada de forma enganosa, em que a população está sendo simplesmente ludibriada”. Segundo Araújo, com dados manipulados, “a Petrobras tenta passar uma imagem de que a empresa está em dificuldades e para superar essas dificuldades a empresa precisa vender os seus ativos”.

O sindicalista diz ainda que os argumentos de venda de ativos da empresa são “nada mais do que falácias”. Ele também destaca que “a Petrobras é uma empresa com um capital extraordinário para fazer face à sua dívida”. Araújo lembra que as reservas de petróleo da estatal são estimadas em mais de US$ 15 trilhões. “Conclamamos a sociedade a fazer essa aliança para proteger esse patrimônio do povo brasileiro, que tanto benefício traz para as comunidades onde a Petrobras atua”, disse.


Rede Brasil Atual - 26/7/2016
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