São Paulo – O movimento sindical conseguiu reverter a injustiça cometida contra uma bancária da Caixa, grávida de sete meses, que havia sido descomissionada. A empregada, assistente de negócios da agência Vila Sabrina, subordinada à Superintendência Regional Santana, teve restituída sua função nesta quinta-feira 9, logo após representantes do Sindicato, Apcef, Fetec/CUT-SP e Comissão Executiva dos Empregados (CEE Caixa) entregarem carta denunciando o caso ao presidente do banco, Jorge Hereda.
O documento foi entregue nas mãos de Hereda (foto) por volta das 10h desta quinta, poucos minutos antes de o executivo iniciar uma entrevista à imprensa onde anunciaria o balanço do banco.
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“A atitude do presidente foi extremamente receptiva. Assim que ouviu e soube do caso ele sentou com a gente e quis mais informações. Foi logo dizendo que essa não era a política do banco”, conta o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Kardec de Jesus. Antes mesmo de ler a carta, na qual é ressaltado que a instituição foi a primeira a estender a licença-maternidade para seis meses, Jorge Hereda usou o fato como argumento.
Em seguida ele incumbiu a Vice-Presidência de Atendimento, Distribuição e Negócios (Vigan) de acompanhar o caso. Horas depois, os dirigentes foram chamados para uma reunião na Superintendência Santana, depois da qual a bancária foi imediatamente restituída ao cargo.
“Deixamos claro que era uma atitude desumana reduzir significativamente o salário de uma trabalhadora que está a dois meses de ser mãe, justamente em um momento em que ela mais precisa de seu salário”, destaca a dirigente da Fetec e representante na CEE Caixa, Jackeline Machado.
A dirigente ressalta ainda que o presidente só foi procurado depois de esgotadas todas as possibilidades de argumento com instâncias inferiores. “Antes de procurar Jorge Hereda passamos por todas as instâncias cabíveis, mas elas não resolveram essa injustiça. Hoje comemoramos uma vitória dos trabalhadores.”
Além de entregarem a carta a Hereda, os representantes das mesmas entidades protestaram em frente à agência e retardaram sua abertura em pelo menos uma hora, também nesta quinta. “Recebemos o apoio de todos os colegas da bancária e os clientes também manifestaram solidariedade depois de informados do fato”, diz Kardec.
Andréa Ponte Souza - 9/8/2012
