São Paulo – Cerca de 70 bancários participaram de reunião na sede do Sindicato para discutir Cassi e Previ para todos, reivindicação antiga dos funcionários do Banco do Brasil. No encontro, que ocorreu na quarta 15, os trabalhadores decidiram destacar essa luta no Dia do Vermelho, ato nacional dos funcionários do banco na quarta 22, em protesto pela postura intransigente da instituição nas mesas de negociação específicas do BB, na Campanha Nacional.
“A grande participação dos funcionários na reunião mostra que esse é um ponto importante para os trabalhadores”, diz o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi. Ele ressalta que os empregados dos bancos incorporados têm de ter direito a se associar ao fundo de previdência e à caixa de assistência à saúde dos empregados do BB. “Desde que instituições como Nossa Caixa, Besc e Bep foram incorporadas, esses bancários passaram a ser funcionários do BB tanto quanto os outros. Portanto, impedir a entrada deles na Previ e Cassi é discriminação”, destaca.
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A possibilidade de inclusão desses funcionários na Cassi e Previ é um dos pontos da pauta de reivindicações dos bancários, entregue dia 1º de agosto à direção do banco. Mas a empresa também se recusou a discuti-lo, argumentando que “é inadequado esse debate em mesa específica de negociação do Acordo Coletivo”.
Para Ernesto, é mais um motivo para que os funcionários se mobilizem e participem do Dia do Vermelho. “Temos de pressionar o BB se quisermos acabar com essa injustiça. A discriminação de funcionários com direitos diferentes é uma ameaça a todos. Não podemos abrir precedente e deixar que o banco crie várias entidades com direitos rebaixados. Por isso chamamos todos a lutar pela Cassi e Previ."
A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas (foto ao lado), lembra as vantagens de se associar à Previ e Cassi. “Uma delas é que, na aposentadoria, o banco continua contribuindo para o plano de saúde do funcionário. O bancário entra com 3% e o banco com 4,5%, ou seja, para cada real investido pelo funcionário, o banco entra com um real e meio a mais. No Economus (plano de saúde da antiga Nossa Caixa), os aposentados passam a pagar integralmente o plano”, explica.
Redação - 17/8/2012
