São Paulo – O Banco do Brasil desrespeitou mais uma vez o compromisso firmado com os bancários oriundos da Nossa Caixa ao não apreciar no Conselho Diretor a promoção sobre o VCPI (Vencimento de Caráter Pessoal dos Incorporados). O fato foi informado em reunião na quarta-feira 8.
São cerca de 12 mil trabalhadores que ainda aguardam a promoção de 3% no salário sobre a verba de Vencimento de Caráter Pessoal dos Incorporados (VCPI) por completarem o tempo para mudar do nível E1 para o E2. Esse compromisso foi firmado na negociação de 2011, mas vem sendo discutido desde o início do processo de adesão dos bancários ao plano de carreira do banco, em dezembro de 2009.
Segundo a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, após muita pressão e insistência, o BB se comprometeu a pagar os acertos, mas desde abril está protelando o acordo firmado na Campanha Nacional do ano passado. “O banco, além de não cumprir um acordo firmado em negociação, não está garantindo o direito do trabalhador, que não pode aceitar a redução do seu salário ao longo do tempo. Desde a incorporação foi garantido esse compromisso e é inadmissível que até hoje os bancários não tenham recebido o que lhes é de direito”, ressalta.
A dirigente explica que essa negociação não faz parte da Campanha Nacional Unificada 2012, uma vez que esse compromisso foi firmado no passado e o banco não está cumprindo com o acordo. “Esse direito nada tem a ver com a campanha deste ano. O que está acontecendo é a falta de respeito do banco em cumprir o que foi acordado. Apenas o que interessa a eles é tratado de maneira igual”, disse, em referência aos planos de saúde (Cassi) e de previdência (Previ) que não contemplam os bancários incorporados. “Não se pode ter vários bancos dentro de um mesmo banco, ainda mais se tratando de uma instituição pública”, contestou.
O principal problema de discriminação a todos os bancários incorporados, segundo ela, é o fato de o BB não conceder o direito legítimo de adesão à Cassi e à Previ. “Essa será uma das reivindicações da atual campanha”, afirma. E alerta: “Precisamos deixar claro que não permitiremos que a direção do BB desrespeite o trabalhador e não cumpra com os acordos firmados. Faremos o que for preciso para garantir os direitos de todos os bancários incorporados.”
Tatiana Melim – 9/8/2012
(Atualizada às 10h35 de 13/8/2012)
