São Paulo – A falta crônica de funcionários motivou o Sindicato a atrasar a abertura de uma agência do Banco do Brasil localizada no populoso bairro de São Miguel Paulista, extremo da zona leste de São Paulo, nesta quarta-feira 28.
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Os bancários da unidade Arlindo Colaço, a maior da região, reivindicam a ampliação do número de caixas executivos na PSO (Plataforma de Suporte Operacional).
A diretora do Sindicato Tania Balbino conta que a unidade possui apenas quatro funcionários neste setor, o que invariavelmente gera sobrecarga. “Há falta de caixas até para cobrir almoço, férias e licença dos outros funcionários, e a situação piora ainda mais porque muitas vezes essa agência tem de ceder bancários para unidades menores da região”, ressalta.
A falta de funcionários é um problema que vem se agravando no setor financeiro desde os anos 90. No início daquela década, havia 730 mil bancários no país. Em 2001, ápice do período neoliberal, eram menos de 390 mil. Atualmente, com a expansão do número de correntistas, os bancos contam com 500 mil trabalhadores.
Essa recuperação, no entanto, não foi páreo para o crescimento exponencial de contas bancárias, que passaram de 40 milhões, em 1996, para 162,9 milhões, 307% a mais, enquanto que o número de trabalhadores aumentou apenas 3,5% no mesmo período. Hoje, existem 326 contas correntes para cada. Em 1996, eram 40. Os dados são dos balanços dos seis maiores bancos que atuam no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Santander, Itaú e HSBC).
Mobilização – Durante o ato desta quarta-feira, representantes do Sindicato estiveram reunidos com os funcionários da agência também para conscientizá-los sobre a importância da mobilização da categoria agora que a Campanha Nacional 2013 já teve início.
“Este é o momento em que os bancários estão começando a luta para conseguirem aumento salarial, dos vales e da PLR, além de fazer os bancos ouvirem a nossa voz contra a sobrecarga de trabalho, o cumprimento de metas abusivas e o assédio moral. Para que tenhamos sucesso nas nossas reivindicações, a categoria precisa participar das mobilizações com o Sindicato”, finaliza Tania.
Rodolfo Wrolli – 28/8/2013
