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Sindicato cobra e BB faz processo seletivo no SAC

Linha fina
Mobilização dos funcionários foi fundamental para implantar seleção mais criteriosa; mesmo com mudanças, nomeações arbitrárias persistem em outros setores do banco
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São Paulo – Os protestos dos trabalhadores que atuam no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do Banco do Brasil fizeram a diretoria da instituição rever sua política de nomeações arbitrárias e forçou a realização de um processo seletivo com regras mais claras e objetivas.

As 93 vagas para gerente de setor e de grupo, analista e atendente estão sendo preenchidas com critérios que incluem pontuação no TAO (Talento e Oportunidades)— programa no qual são pontuados os cursos externos e internos feitos pelo funcionário – e avaliação no GDC (Gestão Desempenho e Competências) – que acompanha a performance dos funcionários no banco –, além de provas e entrevista com os pré-selecionados.

“As nomeações anteriores não foram feitas de forma transparente e isso indignou os trabalhadores. Entretanto, o protesto não foi contra os colegas selecionados, que podem ser ótimos profissionais, mas contra a falta de clareza do processo”, ressalta Fernanda Lopes, dirigente sindical da Federação dos Bancários da CUT (Fetec-CUT/SP).

Critérios insuficientes – Nesta semana, o BB divulgou novos critérios de nomeação também para os setores táticos, de apoio aos negócios e estratégicos – que englobam diretorias e centros operacionais. A partir de agora, elas serão feitas por meio do TAO. O diretor do Sindicato João Fukunaga salienta, no entanto, que as medidas adotadas para selecionar profissionais para essas áreas são insuficientes.

“Os critérios precisam ser melhorados. O maior problema apontado pelos bancários é que a possibilidade de nomeação sem nenhum tipo de avaliação criteriosa e objetiva para esses cargos persiste, o que prejudica o banco como um todo e desmotiva os funcionários que procuram melhorar seus currículos profissionais. Que tipo de funcionários a direção do BB quer? Aqueles que são somente indicados por padrinhos políticos, sem qualidades técnicas?”, questiona.

Piorou – Para João Fukunaga, na atual gestão de Aldemir Bendine o Banco do Brasil tem piorado as condições de trabalho. “A imposição de metas impossíveis e o assédio diário, além da implantação de métodos de cobrança e pressão, como o envio de dezenas de torpedos diariamente, e o sistema de gerenciamento de atendimento (GAT) estão atormentando a rotina dos bancários, e isso está sendo lembrado e reforçado durante a Campanha Nacional”, afirma Fukunaga.


Rodolfo Wrolli – 29/8/2014

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