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Plebiscito vai receber votos também pela internet

Linha fina
Coleta de votos sobre a reforma política vai de 1º a 7 de setembro e também haverá urnas por todo o país
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São Paulo - O Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político – conhecido como Plebiscito da Reforma Política – vai receber votos também pela internet. A coleta vai de 1º e 7 de setembro.

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> Vídeo: O que é o Plebiscito Constituinte?

A urna virtual só aceita votos de pessoas devidamente identificadas e não permite participação em duplicidade. Para isso, é necessário dar o nome completo e o CPF.

Com a votação via internet e milhares de urnas físicas que estarão espalhadas pelo Brasil, a organização da campanha espera atingir a meta de 10 milhões de votos.

As urnas vão coletar respostas para a seguinte pergunta: “Você é a favor da convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? (   ) SIM (    ) NÃO.”

> Saiba mais no www.plebiscitoconstituinte.org.br

Na terça 26, em entrevista, a presidenta Dilma voltou a defender a proposta de um plebiscito para a convocação de uma constituinte que prepare a reforma política.

> Enquete: O que é mais importante na mudança do sistema político?

População abraça a campanha - Opiniões expressadas de forma distinta, mas que levam ao mesmo cenário: o sistema político é controlado, hoje, pela elite e o poder econômico, os trabalhadores estão sub-representados e, portanto, salta aos olhos a necessidade de uma reforma imediata.

A reportagem do Portal do Mundo do Trabalho esteve na manhã desta segunda-feira 25 no centro de São Paulo para conversar e ouvir a opinião do povo sobre a campanha. É ali, na frente do Teatro Municipal, que o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) tem montado todos os dias uma tenda para divulgar o Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.

Apesar do silêncio da mídia tradicional, o trabalho de boca a boca e a conscientização da sociedade tem sido um diferencial.

Além de um importante instrumento de pressão política, o Plebiscito é uma referência pedagógica que estimula a reflexão da sociedade.

Pela primeira vez em contato com informações sobre a campanha, Benvinda Maria Ramalho, 65 anos, criticou a falta de interesse dos meios de comunicação sobre um tema de relevância para todo o povo brasileiro. Moradora da zona leste de São Paulo e estudante do último ano de direito da Uniesp, afirmou que a partir daquele momento a luta pela reforma do sistema político ganhava mais uma militante.

“Estou levando o material da campanha para distribuir aos familiares, amigos e vizinhança”, garantiu. “Precisamos sim de mudanças na política, mas neste momento eleitoral não podemos permitir retrocessos. É evidente o salto de qualidade que o Brasil deu nas políticas públicas a partir do governo Lula e a continuidade deste processo é o caminho mais correto”, completou.

Sérgio Freire, 26 anos, estava na região central da cidade para dar início a seu plano de conseguir um outro emprego em que ganhe uma melhor remuneração.

“Queria ver mais políticos comprometidos com a classe trabalhadora para que as reivindicações da classe trabalhadora fossem priorizadas”, disse. Na opinião dele, após conversar com os militantes que estão cuidando da tenda do plebiscito e distribuído material informativo, “se a reforma política puder colocar mais deputados e senadores que querem defender o povo, e não empresas, seria bem melhor”.

Antonio de Jesus, mineiro de Divinópolis que também passou pela calçada do Municipal e parou para ouvir os discursos, ainda tem dúvidas se será bom o financiamento exclusivamente público das campanhas – um dos pontos da proposta de reforma. “A gente já paga muito imposto e ainda vai financiar campanha?”, questionou.

Informado de que esse financiamento já existe, e de que o dinheiro das grandes empresas, por sua vez, será cobrado do contribuinte lá na frente – na forma de projetos que oneram a maioria e na falta de maior rigor sobre as atividades empresariais – o mestre de obras disse que vai refletir. Quanto aos impostos, que hoje oneram mais o trabalhador do que os ricos, Antonio ouviu também que mudar essa situação pode ser mais fácil depois de uma reforma política. Ele levou material da campanha para casa.

O trabalho desenvolvido pelo PT Municipal na Praça Ramos tem levado, todos os dias, secretários do governo Fernando Haddad a investir tempo junto aos eleitores, microfone em punho, entre meio-dia e 13h. Denise Motta Dau, ex-dirigente nacional da CUT e atual secretária municipal de Políticas para Mulheres, estava entre eles. “Essa reforma política pode mudar de verdade o País. A população quer um outro modelo de sistema político, e nós estamos aqui para conseguir milhões de votos para, em seguida, com esse resultado, pressionar os poderes públicos a convocar a constituinte exclusiva”, afirmou.


Isaías Dalle e William Pedreira, da CUT - 27/8/2014

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