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Atos em mais de 30 cidades pela democracia

Linha fina
Movimentos sociais se reúnem nas principais capitais do país para rechaçar 'golpismo' e o ajuste fiscal, e exigir a saída de Eduardo Cunha
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São Paulo – Trabalhadores mobilizados em defesa da democracia, da liberdade e por direitos tomaram as ruas de pelo menos 31 cidades em todo o país na quinta 20, dentre elas, São Paulo. As manifestações condenam  os protestos "golpistas" do domingo 16, criticam o governo Dilma pelo ajuste fiscal, que afasta o governos de sua base popular e põem em risco conquistas sociais dos últimos anos, e pedem a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara.

> Em São Paulo, ato exalta democracia e quer mudança na economia

Em Belo Horizonte, o grupo foi mais heterogêneo que a registrado no domingo. Movimentos como CUT, MST, Levante Popular da Juventude se encontraram com uma pauta de defesa da democracia, contra o golpe e o ajuste fiscal. Segundo a PM, havia 2,5 mil manifestantes. O estudante Francisco Faria, presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), disse que é importante ter consciência de que a última década década foi de consideráveis avanços e de conquista de vários direitos que precisam ser “defendidos e ampliados”.


A pauta da moradia também esteve presente na manifestação. A integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) Maura Rodrigues defende uma reforma urbana, pelo direito à cidade. “Não adianta garantir a casa se não tenho acesso a um SUS digno e funcional, a uma escola decente e a uma passagem de ônibus que não me impeça de me deslocar na cidade”, disse. Maura condena tentativas de impeachment da presidenta Dilma. “Nosso movimento é crítico ao governo, mas defende a democracia. Não queremos golpe”, reforça.

A subsecretária de Políticas de Igualdade Racial de Minas, Cleide Hilda, reforçou a ostensiva presença do movimento negro no que se refere à defesa de direitos. “Nos últimos 12 anos a população negra brasileira conquistou várias políticas públicas. Agora, temos de avançar no que se refere, por exemplo, ao enfrentamento do extermínio da juventude negra.”

Em Aracaju, a passeata convocada pela Frente Sergipana Popular começou por volta das 16h15, reunindo cerca de 30 entidades. Manifestantes concentrados na praça General Valadão seguiram em caminhada até o Distrito Industrial. As ruas de Curitiba receberam cerca de 5 mil manifestantes. O estado que recentemente viu a opressão de perto em passeata dos professores hoje se manifesta pela democracia e contra o ódio.

Em Natal, os manifestantes enfatizaram a defesa da Petrobrás e da soberania nacional em ato pela democracia, e, em Brasília, mostraram insatisfação com liderança de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados. Em Recife, cerca de 5 mil se reuniram na Praça Derby e moradores de prédios estenderam bandeiras nas janelas. Já em Salvador, os manifestantes se concentraram na Praça Castro Alves.

Rede Brasil Atual, com edição da Redação - 21/8/2015
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