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Sindicato está de olho no Fidelize do Bradesco

Linha fina
Após comprar folha de pagamento da prefeitura de Campinas, banco montou força tarefa para abrir milhares de contas; bancários devem acionar Sindicato em caso de irregularidades
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São Paulo – O Bradesco comprou a folha de pagamento da prefeitura de Campinas, que possui 25,7 mil funcionários ativos e inativos, por R$ 64 milhões. O banco será responsável por depositar os salários desses trabalhadores por 60 meses. O negócio, concretizado no início de julho, fez com que a instituição deslocasse bancários da base do Sindicato para montar uma força tarefa, batizada de Projeto Fidelize, para a abertura das milhares de contas. Eles trabalham locados em um clube na cidade do interior paulista.

“O Sindicato está acompanhando de perto o Projeto Fidelize. Temos conhecimento de que o volume de trabalho é intenso e que existe uma preocupação por parte dos trabalhadores selecionados para atuar em Campinas. Qualquer mudança na rotina de trabalho, como nesse caso, gera transtorno para quem é afetado”, afirma o dirigente sindical Luzenilton Souza. “Além disso, os bancários possuem dúvidas quanto ao reembolso de despesas com transporte durante folgas e afirmam que o prazo informado inicialmente para atuação no projeto foi postergado. A previsão de término, agora, é a última semana de agosto”, acrescenta.

Questionado oficialmente pelo Sindicato sobre o Projeto Fidelize, o Bradesco informou que todas as horas extras serão pagas aos bancários, inclusive aquelas referentes ao domingo que marcou o início do projeto, e que um dia da semana está garantido para o descanso. De acordo com o banco, as despesas comprovadas com transporte durante as folgas serão reembolsadas.

“O banco tem de oferecer condições de trabalho satisfatórias em qualquer circunstância, garantindo espaço adequado para a execução das tarefas como determina a NR 17 (Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho)”, diz Souza. “Se houver extrapolação de jornada sem o devido pagamento das horas extras, ou desrespeito às pausas para descanso e almoço, o bancário deve entrar em contato imediatamente com o Sindicato para que tomemos as providências cabíveis”, enfatiza o dirigente. Para denunciar, clique aqui e escolha o setor "site".


Felipe Rousselet – 17/8/2015
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