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Chapéu
Patrícia Bassanin

Confira o resultado final das eleições do SantanderPrevi

Linha fina
Apoiada pelo Sindicato, Patrícia Bassanin foi eleita para o Conselho Fiscal; é preciso alimentar a cultura de participar das eleições e se preocupar com o futuro do fundo
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Foto: Divulgação

São Paulo - As eleições para o Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo do SantanderPrevi terminaram na quinta-feira 3, e os votos – que foram efetuados pela internet – já foram apurados. Ao total, foram registrados 3.338 votos, o que representa menos de 10% dos participantes. Apoiada pelo Sindicato, a candidata da chapa da representação, Patrícia Bassanin Delgado, foi eleita para o Conselho Fiscal com 53,42% dos votos, uma vitória importante para os participantes. Orlando Puccetti ficou em segundo lugar no Conselho Deliberativo.

Conselho Deliberativo:
Marcelo Malanga - 1832 votos - 54,88% - Eleito
Orlando Puccetti Junior - 1506 votos - 45,12%

Conselho Fiscal:
Patrícia Bassanin Delgado - 1783 votos - 53,42% - Eleita
Luiz Antonio Batista - 1555 - 46,58%

Com Patrícia eleita, haverá uma fiscalização de fato no fundo. "Agradeço muito o apoio e a dedicação de todos. Foram semanas de muita luta, com adversários apoiados pelo banco. Saímos todos vitoriosos dessa batalha", afirma a nova conselheira.

Baixo quórum – Camilo Fernandes, presidente da Afubesp, avalia que a participação dos bancários foi tímida, ainda que seja o primeiro pleito democrático para o SantanderPrevi. "Dentro do quórum, tivemos uma boa votação, com destaque para a eleição da Patrícia. Agora sim teremos uma representante zelando pelo patrimônio dos trabalhadores", disse o dirigente. Porém, alerta que é preciso alimentar a cultura de participar das eleições e se preocupar com o futuro do fundo. De um universo de mais de 40 mil participantes e assistidos, pouco mais de 3 mil fizeram valer suas vozes.

Para Camilo, foi uma campanha desigual. "Os candidatos apoiados pela Afubesp e sindicatos em todo o Brasil visitaram as agências e departamentos do banco explicando a importância do processo e a necessidade de ter representantes eleitos com o compromisso de defender os interesses dos trabalhadores", disse. Infelizmente o que se constatou, segundo ele, foi desconhecimento ou até mesmo desinteresse dos participantes em votar. "Esperamos que no próximo processo eleitoral haja um envolvimento maior. Para isso, vamos intensificar o debate na base."

Campanha desigual – Ao final da apuração, Camilo registrou em ata relatos de que os candidatos do banco, por intermédio de gestores e superintendentes de vários estados (com acesso irrestrito aos participantes por meio de mensagens por WhatApp, ligações telefônicas e reuniões) usaram suas posições de poder dentro do Santander para pressionar os funcionários a votar. Enquanto isso, os candidatos apoiados pelos sindicatos não usufruíram das mesmas condições. Orlando chegou a ser barrado de fazer campanha com os bancários da Torre.

Assédio – Marcelo Malanga, eleito no Conselho Deliberativo, coleciona várias denúncias de assédio moral registradas no Sindicato dos Bancários de São Paulo. O diretor comercial da rede SP-Capital, gestor de 14 regionais e aproximadamente 2 mil agências em São Paulo, é responsável pelo adoecimento físico e emocional de funcionários por conta da cobrança abusiva de metas. "Os representantes continuarão de olho nessas questões", pontua Camilo.

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