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28 de Agosto, Dia do Bancário e da Bancária. Parabéns categoria de luta!

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Imagem de várias pessoas sorrindo

Nesta quarta, 28 de agosto, é celebrado o Dia do Bancário e da Bancária. A data faz referência à greve da categoria de 1951, quando os bancários cruzaram os braços por 69 dias, numa época em que a Lei de Greve, apesar do nome, não garantia este direito aos trabalhadores. Muito pelo contrário, restringia paralisações e estabelecia formas de controle pelo governo.

Ao final da greve, a categoria conquistou reajuste de 30% nos salários, quando os banqueiros queriam conceder 20%. A mobilização foi um marco para os bancários, uma vez que fez surgir sindicatos da categoria em vários locais do país.

Outro mérito da greve de 1951 foi contestação pelos bancários dos dados oficiais de inflação, divulgados pelo governo. A partir desta contestação foram construídas as bases para a criação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que até hoje fornece dados estatísticos e análises econômicas confiáveis para o movimento sindical.

Greve de 1951 foi um marco para a categoria bancária (Foto: Acervo)

“Parabenizo cada bancário e bancária pelo seu dia. Somos uma categoria essencial para o desenvolvimento econômico e social do país. Sempre estivemos na linha de frente da luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia e por um país mais justo e com oportunidades para todos. Não por acaso, somos uma referência de organização, luta e atuação política e social para as demais categorias. É uma honra, um orgulho e uma enorme responsabilidade ser bancária e presidir o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, uma das maiores e mais respeitadas entidades sindicais de todo o mundo”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Pioneirismo

A categoria bancária - uma das poucas a negociar uma Convenção Coletiva de Trabalho nacional, válida para trabalhadores de bancos públicos e privados - foi pioneira na conquista de diversos direitos que, hoje, constam em acordos de diversas outras categorias.

Um exemplo é a PLR. Em 1995, os bancários foram a primeira categoria a garantir o direito em Convenção Coletiva de Trabalho.

Já em 2000, a categoria conquista a inclusão da cláusula de Igualdade de Oportunidades na CCT, o que viria a colocar os bancários na vanguarda da conquista de direitos como, por exemplo, cláusulas de combate ao assédio moral e sexual; contra a violência e discriminação de gênero; garantia da equiparação de direitos para casais homoafetivos; licença-maternidade de 180 dias; licença-paternidade de 20 dias; entre outras.

Democracia

Bancários se manifestam pelas Diretas Já (Foto: Acervo)

Os bancários também sempre estiveram na linha de frente das lutas em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora.

A categoria foi atuante em movimentos como a redemocratização, Diretas Já, impeachment do Collor, combate às políticas neoliberais e privatização de bancos públicos, combate ao neofascismo, entre outros.

Por sua atuação, o Sindicato passou por cinco intervenções, a mais recente em 1983, quando toda a sua diretoria foi deposta.

Pandemia (Covid-19)

Atuação dos bancários durante a pandemia foi essencial para salvar vidas (Foto: Acervo)

Os bancários foram considerados profissionais essenciais e não deixaram de atender a população durante a pandemia de Covid-19, inclusive foram fundamentais no pagamento do auxílio emergencial.

Por sua vez, o movimento sindical bancário agiu rápido para colocar 200 mil trabalhadores em home office; estabelecer rodízios nas agências; protocolos sanitários; e a inclusão da categoria como prioritária na vacinação.

Os bancários também se destacaram neste período por suas ações de solidariedade. Através do projeto Bancário Solidário, o Sindicato abriu as portas da Quadra dos Bancários para atender famílias em situação de vulnerabilidade.

Foram 5 mil toneladas de alimentos, 500 cestas básicas, além de roupas, calçados e materiais de higiene doados pelos trabalhadores, contribuindo para a sobrevivência de quem perdeu o emprego, casa e familiares para a Covid-19 e para o negacionismo do governo de Jair Bolsonaro. Pias com torneiras de água potável foram construídas do lado de fora da Quadra, para matar a sede da população de rua e ajudar na higienização das mãos contra o vírus.

Presente e futuro

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato, e Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, coordenam o Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a Fenaban (Foto: Willy Roberto)

Hoje, bancários e bancárias de todo o país, de bancos públicos e privados, estão em meio a sua Campanha Nacional Unificada, enfrentando duras negociações com os banqueiros.

Além da luta por aumento real e melhores condições de trabalho, a categoria olha para o futuro, sendo vanguarda ao pautar debates como a jornada de 4 dias e garantias para que a tecnologia não beneficie somente patrões, mas também os trabalhadores.

“Apoiados na nossa história centenária de lutas e conquistas, no acúmulo das nossas experiências de organização da classe trabalhadora e, principalmente, na mobilização de cada bancário e bancária, vamos juntos até a vitória na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024”, conclui a presidenta do Sindicato.

Acesse o site dos 100 anos do Sindicato, celebrados em 2023, e conheça mais da história de lutas e conquistas dos bancários e bancárias do Brasil: 100anos.spbancarios.com.br

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