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Nomeações na Dirao põem de novo BB em descrédito

Linha fina
Sindicato apura denúncias de apadrinhamento e influências externas no processo de seleção de gerentes
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São Paulo – A reestruturação da Dirao continua gerando polêmica nos trabalhadores do Banco do Brasil e críticas do movimento sindical. O Sindicato denuncia a falta de transparência e de critérios técnicos no processo de seleção de gerentes. O sistema de pontuação para concorrências a funções (TAO), por exemplo, foi desconsiderado na avaliação dos candidatos, de acordo com relatos.

O diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi afirma que o processo de seleção dos novos funcionários poderia ter contado com prova de conhecimento e sem a participação da Gestão de Pessoas e de um psicólogo o que, na visão do dirigente, daria mais credibilidade ao processo.

“Vamos lutar para que não haja redução salarial e que os funcionários sejam mantidos na cidade onde estão lotados. O banco tem obrigação de assistir os funcionários, que não têm que ficar procurando função no sistema como se estivessem procurando emprego nos jornais", diz Ernesto Izumi, diretor-executivo da entidade.

De acordo com o dirigente, o ex-superintendente e atual gerente-executivo do banco, Ivonildo de Freitas, não cumpriu com o compromisso firmado em agosto de que estava empenhado em manter as funções. “O gestor também havia prometido que não haveria qualquer tipo de perseguição individual durante o processo”, conta Ernesto.

Uma nova reunião foi realizada no dia 2 de setembro com o novo superintendente e com integrante da Gestão de Pessoas, Vanderlei Barbiero e o gerente de gestão de pessoas, Mauricio Lambiasi. “Na ocasião, o superintendente Barbiero se comprometeu a priorizar os seis gerentes que não foram aproveitados no processo de reestruturação caso surjam novas vagas”, afirma Ernesto.

Indignação e perseguição - Um dos fatos que mais indignou os funcionários, segundo relatos apurados pelo Sindicato, foram as promoções de um gerente de relacionamento para o cargo de gerente de negócios e de um assistente para a função de gerente de relacionamento, enquanto os antigos titulares foram preteridos.

Ainda de acordo com Ernesto, também há fortes indícios de perseguição a funcionários que já vinham sendo assediados moralmente nas Gerats I e III. “Para piorar, o assistente nomeado para o cargo de gerente seria filho de um ex-gerente de licitações, contratos e compras do extinto Banco Nossa Caixa e ex-presidente do conselheiro deliberativo do Economus.”

“Nada contra esses funcionários”, acresenta Ernesto. “O problema é a falta de transparência. Mais grave ainda é que o assistente nomeado gerente de relacionamento é suplente no Comitê de Ética do BB em São Paulo. Todo esse processo põe sob suspeita o comitê e também a direção do banco. Vamos levar essas denúncias ao banco e elas precisam ser apuradas” afirma o dirigente.


Redação - 9/9/2013

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