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Chapéu
UNI Américas

Trabalho temporário, juventude e primeiro emprego em debate

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Inserção no mercado de trabalho por agências de trabalho também estiveram em pauta durante seminário organizado pela UNI Américas em parceria com a Fundação Friedrich Ebert Stiftung
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Foto: Contraf-CUT

São Paulo - O Comitê da Juventude e o setor Agências de Trabalho Temporário da UNI Américas, em parceria com a Fundação Friedrich Ebert Stiftung no Brasil, realizaram nos dias 12 e 13 de setembro debate sobre agências de trabalho temporário, juventude e primeiro emprego. A atividade, realizada na sede do Secretariado Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Sentracos), no Centro da cidade de São Paulo, contou com a participação de diversas entidades do Brasil, Nicarágua, República Dominicana, Argentina, Uruguai e Chile.

O debate, segundo matéria da Contraf-CUT, foi focado na análise das questões enfrentadas pelos sindicatos das américas com relação aos trabalhadores e as trabalhadoras inseridos no mercado de trabalho por agências. O objetivo foi criar uma proposta de cooperação conjunta para garantir igualdade de tratamento no estabelecimento de regras para o trabalho decente para estes trabalhadores.

“O debate mostrou que é fundamental a união do movimento sindical no desenvolvimento de ações concretas conjuntas para enfrentar desafios na organização dos trabalhadores e dos sindicatos contra os ataques que o empresariado vem lhes aplicando em todos os países das Américas”, disse Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), um dos representantes brasileiros no encontro.

Patricia Pelatieri, do Dieese, apresentou um panorama atual sobre trabalho temporário no Brasil, a terceirização e seu impacto na organização dos trabalhadores inseridos por essas agências.

A secretária da Juventude da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt chamou atenção sobre os prejuízos que serão causados aos trabalhadores pelas novas leis trabalhista e da terceirização, recém aprovada pelo governo Temer e sua base aliada no Congresso Nacional. “Estas leis liberaram novas formas de contratação. É preciso estar atento ao que significam estas ‘novas formas de contratação’, não apenas para os trabalhadores, que serão os mais prejudicados, mas também para o movimento sindical”, destacou a dirigente da Contraf-CUT. “Em momentos de crise, os trabalhadores mais vulneráveis são os de contratos temporários”, completou.

Os presentes também discutiram o papel e as responsabilidades das agências privadas de emprego.

Outros representantes brasileiros que participaram do encontro foram as secretárias Geral e de Imprensa do Sindicato Neiva Maria e Marta Soares, respectivamente, a vice-presidenta da UNI Américas Juventude e também diretora do Sindicato, Lucimara Malaquias, e os membros do Comitê Executivo de Juventude da UNI Américas Katlin Salles, Daniela Myachiro, Marcio Vieira e Fernanda Lopes.

UNI Américas Juventude - Na quarta-feira 13, o Comitê Executivo da UNI Américas Juventude voltaria a se reunir para elaborar o planejamento estratégico com a definição de objetivos por área. “Nós também vamos debater questões fundamentais, como se os contratos temporários são a resposta para os jovens que aspiram obter um trabalho estável e decente e o que podem fazer os sindicatos e os jovens para fortalecer e fazer valer os direitos dos trabalhadores colocados por agência de trabalho temporário”, adiantou Lucimara Malaquias.

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