São Paulo – Suspensão unilateral de férias e pressão de gestores para que bancários compensem os dias de greve. Esses e outros abusos cometidos pela direção do Banco do Brasil serão denunciados pelo Sindicato em ato na quarta 31, a partir das 12h, em frente aos complexos São João e Crédito Imobiliário do BB, localizados no centro velho de São Paulo.
De acordo com a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, a postura da direção do banco contrasta com o caráter de instituição pública, que deveria ser exemplo no que se refere ao respeito às leis do país. “O direito de greve é assegurado na Constituição e nosso movimento, em outubro, cumpriu todas as formalidades. Foi essa paralisação nacional que forçou a Fenaban e o BB a apresentar propostas dignas”, diz a dirigente. “No acordo firmado está prevista a compensação dos dias da greve, o que os trabalhadores não estão se recusando a fazer. No entanto, a direção da empresa colocou um ‘revanchismo’ injustificável em prática e quer punir os grevistas. Isso é prática antissindical que não toleramos.”
Entre as denúncias que têm chegado ao Sindicato, além da divulgação do normativo suspendendo férias e outros afastamentos, há relatos de funcionários que estão sendo pressionados por gestores para compensar os dias da greve. “A programação de férias ocorre com muitos meses de antecedência. É um período que o trabalhador reserva para ficar com seus familiares, viajar, entre outras atividades. A medida do banco causa transtornos a essas pessoas. Já a compensação não pode ser imposta, tem de haver acordo com o empregado para que não prejudique sua rotina normal e sem que haja pressão”, acrescenta.
A dirigente reforça ainda que, além do ato desta quarta, serão tomadas outras medidas para que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. “Há poucos meses denunciamos a comparação que a empresa fez entre as pessoas que lutaram contra a ditadura militar no país com criminosos. Agora vem outro ataque aos trabalhadores. Tal postura não condiz com a política do governo federal e estamos exigindo que a direção da empresa respeite os trabalhadores”, acrescenta Raquel;
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Redação - 29/10/2012
(Atualizado às 18h43)
