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Direção do BB insiste em retaliar grevistas

Linha fina
Chegou a vez dos funcionários da CABB, que estão recebendo anotação negativa no ponto eletrônico caso não cumpram uma hora diária para compensar greve; medida é antissindical
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São Paulo – As práticas antissindicais seguem avançando sobre os funcionários do Banco do Brasil que aderiram à greve. Agora é a vez dos bancários da central de atendimento (CABB).

Os empregados daquele setor estão recebendo anotações no ponto eletrônico e sofrendo ameaça por meio de ação disciplinar caso não totalizem uma hora a mais todos os dias para compensar os dias paralisados.

 O diretor executivo do sindicato Ernesto Izumi ressalta que o registro em ponto eletrônico não está previsto na convenção coletiva. "O banco já tem sistema para contabilizar as horas compensadas. O registro no ponto eletrônico é uma prática antissindical que já foi denunciada ao Ministério Público pelo Sindicato”, salienta.

Compromissos e recusa – Uma reunião entre o gerente-geral da CABB, Claudio Santos Rocha, e o Sindicato foi realizada no dia 22 para reivindicar o respeito aos funcionários que participaram da Campanha Nacional. Já que, segundo outras denúncias, alguns gestores estão pressionando funcionários para que cancelem férias e assinem termos pessoais de compensação dos dias parados.

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“Na ocasião, o administrador prometeu que não haverá cancelamento de férias. As autorizações de ausências que já haviam sido negociadas previamente também serão mantidas”, afirma Ernesto.

Motivação – Entretanto, ainda de acordo com o dirigente, o administrador permaneceu irredutível quanto a negociar as anotações no ponto eletrônico dos funcionários que não compensarem uma hora completa por dia. “É essa postura negativa que motiva o Sindicato a organizar protestos como os ocorridos nos últimos dias nos complexos São João, Super e Cenop.”

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Ernesto lembra que na CABB a compensação se dá por meio de cursos, medida que visa a formação profissional dos bancários e conta pontos caso haja concorrência a cargos. “Isso é bom para o funcionário. O que não podemos aceitar é a anotação no ponto eletrônico”, afirma.

O dirigente ressalta que o movimento sindical está buscando resolver a questão junto à direção do Banco do Brasil por meio de negociação.


Rodolfo Wrolli – 30/10/2013

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