São Paulo – Rafael Matos tomou posse no Conselho Administrativo (Caref) da instituição financeira no dia 8 de outubro. Ele é o primeiro representante eleito dos trabalhadores, após a regulamentação da Lei 12.353 - que estabelece a eleição direta de representante dos trabalhadores em conselhos de administração de empresas pública ou economia mista, com mais de 200 funcionários, controlada pela União -, a ter um assento na maior instância decisória do banco.
> Rafael Matos é eleito para o Caref
O novo conselheiro, que cumprirá mandato de dois anos, será um dos oito integrantes do Caref. Rafael tem histórico ligado ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, tendo sido diretor da entidade por dois mandatos.
Ele tem compromisso em manter atuação que reverbere as demandas dos trabalhadores do BB. “A minha atuação no Caref estará em sintonia com o Sindicato e com os problemas sofridos pelos trabalhadores. Levarei ao conselho os anseios daqueles que estão na outra ponta”, afirma Rafael, que já foi lotado na Gepes (Gestão de Pessoas).
Rafael conta que, para se preparar para as reuniões do Conselho de Administração, irá se reunir regularmente com as entidades dos trabalhadores, como o Sindicato, a Contraf-CUT, e também com o Dieese, para que tenha dados atualizados sobre a situação da categoria e do banco público.
O conselheiro conta que não poderá atuar em questões especificamente trabalhistas, pois há uma resolução que proíbe que representantes dos funcionários votem sobre esses temas. “Vamos tentar barrar essa restrição, em uma união com os demais eleitos em outras estatais. Porém, não vou deixar de opinar e de defender os interesses dos empregados no Caref”, diz.
Rafael afirma que fará a defesa do papel social que o Banco do Brasil deve cumprir no país. “Queremos um banco que cumpra seu papel social, com a redução de tarifas e dos juros e a participação em políticas públicas. Faremos parte da gestão estratégica do banco e essas decisões afetam o cotidiano do funcionalismo”, explica.
Entre os pontos que o conselheiro pretende apresentar ao Conselho Administrativo, estão a criação de um diretoria de sustentabilidade no banco e o aumento da participação das mulheres nos cargos de alta gestão. “Atualmente não existe uma mulher entre os 50 cargos de alta gestão do banco. Vamos lutar contra essa desigualdade”, garante.
Renato Godoy – 14/10/2013
