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Gabriel Valery, da Rede Brasil Atual
27/10/2016
São Paulo – O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas realiza ba quinta 27, na sede do Sindicato dos Bancários de Campinas (SP), ato para o lançamento da campanha Se é Público é para Todos no estado. O objetivo é alertar para a importância do serviço público frente à onda de privatizações propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB). "As iniciativas do presidente possuem um objetivo único, de retrocesso ao Estado mínimo, de 'cada um por si'", diz a coordenadora do Comitê, Maria Rita Serrano.
A campanha percorre várias regiões desde o início de junho, quando foi lançada no Rio de Janeiro. Desde então, 14 estados já tiveram eventos de conscientização como os de hoje em Campinas. "Quando falamos que se é público é para todos, isso também significa que se é privado é para poucos. A agenda Temer carrega uma visão de enfraquecimento, de empobrecimento. É uma política que visa a cortar investimentos públicos e favorecer o capital privado, para quem ele tem de pagar a fatura do apoio que foi dado a ele", disse, em relação ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Em novembro, o comitê deve lançar a campanha no Sindicato dos Bancários de Guarulhos, no dia 17, e também na capital, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na noite do dia 23. "Precisamos evidenciar o que está em jogo. A população precisa se atentar, pois pode chegar o dia em que o povo vai abrir os olhos e ser tarde demais, não vai haver mais nada. E o prejuízo é da população, especialmente a mais pobre", afirma Rita.
Questionada sobre os maiores temores em relação às privatizações, a coordenadora afirma que "o que mais nos preocupa é o próprio governo Temer. Ele entrou afirmando que ia privatizar tudo que fosse possível. E existem várias iniciativas neste sentido. Primeiro, uma medida provisória (MP) que permitiu várias concessões públicas como portos, aeroportos, ativos da Eletrobras e da Petrobras, além das operações da Caixa, começando pelas loterias", disse a ativista, sobre a MP 727, de autoria de Temer em 12 de maio, já em seu primeiro dia como interino.
"A MP já foi aprovada. Agora, o BNDES parece estar coordenando os editais de privatização destas várias áreas. Isso não pode estar dado, deve ser discutido. O que me preocupa é a apatia da maioria da população em relação ao que está acontecendo. Por isso a campanha", afirmou. "Temos que sensibilizar para a importância do que é o público e também que essas empresas foram responsáveis pelo desenvolvimento do país nos últimos anos", completou.
Rita comentou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, de autoria do governo Temer, que limita os gastos públicos em áreas essenciais como saúde e educação, ao limite da inflação do ano anterior, para os próximos 20 anos. "O Planalto vem discutindo a privatização dos cartões de crédito dos bancos públicos. Soma-se a isso a PEC 241, aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados, que acaba com o investimento público (…) Temos de continuar mobilizados contra a PEC no Senado."
27/10/2016
São Paulo – O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas realiza ba quinta 27, na sede do Sindicato dos Bancários de Campinas (SP), ato para o lançamento da campanha Se é Público é para Todos no estado. O objetivo é alertar para a importância do serviço público frente à onda de privatizações propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB). "As iniciativas do presidente possuem um objetivo único, de retrocesso ao Estado mínimo, de 'cada um por si'", diz a coordenadora do Comitê, Maria Rita Serrano.
A campanha percorre várias regiões desde o início de junho, quando foi lançada no Rio de Janeiro. Desde então, 14 estados já tiveram eventos de conscientização como os de hoje em Campinas. "Quando falamos que se é público é para todos, isso também significa que se é privado é para poucos. A agenda Temer carrega uma visão de enfraquecimento, de empobrecimento. É uma política que visa a cortar investimentos públicos e favorecer o capital privado, para quem ele tem de pagar a fatura do apoio que foi dado a ele", disse, em relação ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Em novembro, o comitê deve lançar a campanha no Sindicato dos Bancários de Guarulhos, no dia 17, e também na capital, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na noite do dia 23. "Precisamos evidenciar o que está em jogo. A população precisa se atentar, pois pode chegar o dia em que o povo vai abrir os olhos e ser tarde demais, não vai haver mais nada. E o prejuízo é da população, especialmente a mais pobre", afirma Rita.
Questionada sobre os maiores temores em relação às privatizações, a coordenadora afirma que "o que mais nos preocupa é o próprio governo Temer. Ele entrou afirmando que ia privatizar tudo que fosse possível. E existem várias iniciativas neste sentido. Primeiro, uma medida provisória (MP) que permitiu várias concessões públicas como portos, aeroportos, ativos da Eletrobras e da Petrobras, além das operações da Caixa, começando pelas loterias", disse a ativista, sobre a MP 727, de autoria de Temer em 12 de maio, já em seu primeiro dia como interino.
"A MP já foi aprovada. Agora, o BNDES parece estar coordenando os editais de privatização destas várias áreas. Isso não pode estar dado, deve ser discutido. O que me preocupa é a apatia da maioria da população em relação ao que está acontecendo. Por isso a campanha", afirmou. "Temos que sensibilizar para a importância do que é o público e também que essas empresas foram responsáveis pelo desenvolvimento do país nos últimos anos", completou.
Rita comentou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, de autoria do governo Temer, que limita os gastos públicos em áreas essenciais como saúde e educação, ao limite da inflação do ano anterior, para os próximos 20 anos. "O Planalto vem discutindo a privatização dos cartões de crédito dos bancos públicos. Soma-se a isso a PEC 241, aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados, que acaba com o investimento público (…) Temos de continuar mobilizados contra a PEC no Senado."