O Sindicato identificou aumento considerável de demissões no Santander nas últimas semanas, sobretudo na rede de agências. Os demitidos são bancários perto do período de estabilidade pré-aposentadoria, sem CPA, que retornam de doença do trabalho, e com altos salários.
As demissões atingiram caixas, gerentes administrativos, gerentes gerais e até superintendente. Mesmo os que foram demitidos devem entrar em contato com o Sindicato, pois muito ainda pode ser feito.
Resultado de negociação com o movimento sindical, o Santander ampliou o prazo para obtenção da CPA 10 para 30 dias. Depois aumentou para 90 dias, mas alguns demitidos passaram por pressão violenta no processo para obtenção da certificação, exigida pela Anbima e Banco Central. Muitos foram reprovados mais de três vezes por conta da tensão e isso não foi levado em conta na hora da demissão.
“Nós nunca vamos aceitar demissões como algo natural, mas os trabalhadores têm de buscar conhecimento”, pondera Lucimara.
O Sindicato dos Bancários oferece curso preparatório para a certificação CPA 10 com desconto de 50% na mensalidade para os bancários sindicalizados.
Com relação aos bancários demitidos próximos do período da estabilidade pré-aposentadoria, à Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários determina que o funcionário só tem direito a estabilidade se informar previamente o banco, por meio de comunicado escrito, enviado ao RH.
“Somos contra demissões em um banco com lucros expressivos, que já atingiram R$ 7 bilhões nos primeiros seis meses do ano. Com esse resultado, o Santander deve ter a responsabilidade e o dever de devolver contrapartida social em um país com mais de 12 milhões de desempregados. Ao invés de demitir, por que não dialogar antes de promover demissões, ou pensar em contribuir no processo de formação do trabalhador?”, questiona a dirigente.