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Santander na contramão da nomeação em revista

Linha fina
Enquanto é considerado “banco do ano” pela The Banker em alguns países, no Brasil realidade é de demissões e desrespeito a direitos dos trabalhadores
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São Paulo – Em um cenário de crise financeira mundial, em que os países da zona do euro enfrentam forte recessão, em especial a Espanha com a política de austeridade do governo, o Santander foi nomeado pela revista The Banker como banco do ano em cinco países (Portugal, Reino Unido, México, Polônia e Argentina) frente ao desempenho de outras instituições fortemente atingidas pela recessão. “Enquanto é bem avaliado em alguns países, no Brasil, o Santander exerce práticas que desrespeitam os direitos dos trabalhadores, como o uso da rotatividade da mão de obra para reduzir a folha de pagamento e aumentar o lucro. Isso é um contrassenso.”

A afirmação da diretora executiva do Sindicato Maria Rosani revela um cenário de contradição em relação à gestão do banco no país. A vinda de altos executivos de outras partes do mundo em troca de altos bônus, segundo a dirigente, é parte da estratégia da empresa de demitir funcionários para promover a rotatividade e, com isso, reduzir gastos com as folhas de pagamento. “É uma forma irresponsável de gestão, além de ser um desrespeito com os bancários brasileiros, responsáveis por garantir 26% do lucro total do banco”, contestou.

A dirigente explicou que nos primeiros nove meses deste ano o lucro líquido do Santander no Brasil foi de R$ 4,731 bilhões, o que corresponde a 26% do resultado da instituição financeira no mundo. “Não há demissões na Argentina, no México, no Reino Unido, alguns dos países em que a instituição foi considerada como o banco do ano. Qual a razão então para dispensar os trabalhadores brasileiros, que são responsáveis por boa parte do resultado mundial do Santander, sendo o melhor resultado da América Latina?”, questiona. “Exigimos o fim das demissões no Santander e o respeito aos bancários brasileiros”, completou.

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Redação – 30/11/2012

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