Pular para o conteúdo principal

Bancários cobram respostas do Santander

Linha fina
Movimento sindical leva aos representantes do banco espanhol uma série de problemas que incomodam trabalhadores
Imagem Destaque

São Paulo – A Comissão de Empresa dos funcionários do Santander (COE) reuniu-se com representantes do banco para discutir uma série de questões de interesse dos bancários. Metas para caixas, plano de saúde e demissões foram alguns dos temas tratados na quarta-feira 27.

Plano de saúde – O banco vai alterar o método de cobrança dos planos de saúde dos funcionários. Atualmente os valores são definidos com base na faixa salarial. A partir de janeiro, os valores serão calculados a partir da faixa etária. Na avaliação da COE, a alteração encarecerá os planos para os funcionários na ativa e praticamente inviabilizará a cobertura do convênio para os aposentados.

De acordo com a diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa, o movimento sindical quer que o banco interrompa a implantação da mudança até que haja discussão sobre o tema com os representantes dos trabalhadores. O banco agendou para 4 de dezembro uma reunião para debater a questão. “Considerando que os trabalhadores fazem parte do contrato, e para que a negociação esteja no mesmo nível para todos, reivindicamos que o banco forneça a cópia do contrato e dos estudos atuariais que determinaram os valores a serem cobrados”, diz Rita.

Metas para caixas – Um dos maiores problemas enfrentados pelos funcionários das agências é a cobrança por metas. O Santander divulgou ainda em julho um comunicado para toda a rede proibindo a cobrança de metas de venda para os caixas. No entanto, o Sindicato continua recebendo inúmeras denúncias, indicando que a prática continua e é regra.

Na reunião dessa quarta, o banco se comprometeu a enviar mais um comunicado reforçando a proibição da cobrança. A dirigente Rita Berlofa pede aos funcionários que denunciem ao Sindicato se as cobranças persistirem após a divulgação do novo comunicado. “O banco reafirmou que o acordo tem de ser cumprido. Se há um comunicado proibindo a cobrança por metas e ele não está sendo cumprido, isso mostra que há leniência por parte de alguém do banco, e nós exigimos que se apurem as responsabilidades.”

Call center – Os funcionários dos call center do Santander sofrem com os desrespeitos às pausas de descanso previstas na legislação. O banco ficou de apresentar uma contraproposta às reivindicações dos trabalhadores até 6 de dezembro. Na mesma data, ocorrerá reunião para tratar do assunto.

Higiene – Para reduzir custos, o banco diminuiu os gastos com o serviço de limpeza, o que leva muitas agências a atenderem os clientes em péssimas condições de higiene. O movimento sindical deixou claro que as agências que estiverem funcionando sem as devidas condições de limpeza e higiene serão fechadas e o problema será denunciado à população.

Homologação – O Santander está terceirizando o processo de homologação. Ao invés de disponibilizar um funcionário próprio, está contratando advogados para efetuar o processo. “O movimento sindical deixou claro que não admite a terceirização da homologação, pois esse é o último contato do trabalhador com o banco, por isso é preciso que o representante patronal conheça com propriedade as relações entre a empresa e o funcionário”, ressalta Rita.

Demissões – Quinta-feira 28 haverá reunião com o vice-presidente executivo sênior de RH para discutir as demissões. “Na ocasião será reivindicado que o banco interrompa as dispensas e que se inicie de imediato processo negocial sério e transparente para juntos encontrarmos alternativas aos cortes de postos de trabalho”, explica a dirigente.


Rodolfo Wrolli - 27/11/2013

seja socio