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Sindicato atento a ação do BB com Correios

Linha fina
Categoria vai buscar mais informações já que projeto de criar nova instituição financeira não faz menção à situação dos trabalhadores
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São Paulo – Ampliar a gama de produtos e serviços oferecidos aos clientes do Banco Postal, além de gerar mais sinergia e eficiência à operação. Essa foi a explicação divulgada pela assessoria de imprensa do Banco do Brasil após fato relevante por meio do qual anunciou, na segunda-feira 25, parceria com os Correios para criar uma nova instituição financeira.

“A implantação do novo modelo permitirá ao Banco Postal ampliar seu portfólio e estabelecer parcerias para que seus clientes acessem novos produtos e serviços, tais como outras linhas de crédito, seguros, capitalização, cartões pré pagos, consórcios, crédito rural, entre outros”, informou a assessoria do banco estatal.

Para o Sindicato, o Banco do Brasil vem mudando muito rapidamente sua estrutura e esse novo fato causa preocupação, pois não há qualquer menção aos trabalhadores e seus direitos. “As informações sobre uma nova empresa que teria Correios e BB como acionistas são insuficientes. Vamos pautar a questão da bancarização junto à direção do banco, por meio da Comissão de Empresa, para termos mais informações para trazer para os colegas”, afirma o diretor do Sindicato Ernesto Izumi. “Estamos combatendo as terceirizações em vários bancos e no BB não é diferente. Lá, a ameaça vem através da Cobra Tecnologia, que contrata trabalhadores com direitos e salários menores para realizar serviços bancários e isso não podemos aceitar”, completa o dirigente.

Concorrência – A parceria está em estudos que devem ser encerrados até meados do próximo ano e colocaria fim à concorrência entre os bancos para explorar as agências dos Correios.

Segundo informou Cléucio Nunes, vice-presidente dos Correios, um modelo societário é mais atrativo, já que permite a perenidade no negócio. Cada acionista deve ter 50% da nova empresa. Atualmente, a cada cinco anos os Correios realizam uma concorrência entre os bancos baseada no maior valor oferecido para explorar sua rede de Banco Postal.
A concretização do novo modelo depende ainda de autorizações regulatórias do Banco Central, Cade e dos ministérios da Fazenda, das Comunicações e do Planejamento, entre outros.


Redação, com informações do Valor Econômico - 25/11/2013

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