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Rodolfo Wrolli, Spbancários
29/11/2016
São Paulo – O setor bancário eliminou 751 vagas de emprego em outubro, somando-se aos 9.258 postos cortados desde janeiro de 2016. Com isso, são 10.009 bancários a menos trabalhando nas instituições financeiras. Entre janeiro e setembro de 2016, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, Itaú e Santander) lucraram mais de R$ 64 bilhões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, compilados pelo Minsitério do Trabalho, e do Banco Central.
“Não há razão para o corte de postos de trabalho e nem o desmonte agressivo que está sendo imposto pelo governo Temer para os bancos públicos se levarmos em conta que esse é o setor mais lucrativo da economia brasileira”, critica a diretora executiva do Sindicato Marta Soares. “Além disso, trabalho não falta, pois a sobrecarga nas agências e departamentos é a regra.”
A sobrecarga de trabalho, aliada à gestão organizacional dos bancos que exige o cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros imensos, leva a categoria a sofrer com doenças decorrentes da pressão excessiva e do assédio moral.
Somente em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que, de cada dez bancários doentes, cinco têm depressão.
Rotatividade – Parte do lucro explica-se não só pela eliminação de postos de trabalho. O salário médio dos admitidos em outubro é de R$ 3.747,64 ou 58% do que recebiam os demitidos (R$ 6.435,43). No acumulado do ano, a média da diferença salarial entre os dispensados (R$ 4.169,76) e os contratados (R$ 6.858,37) é ainda maior: 61%.
“O artigo 192 da Constituição Federal determina que o sistema financeiro promova o desenvolvimento do país e sirva aos interesses da coletividade, mas os bancos passam longe dessa obrigação constitucional quando insistem em demitir milhares de pais e mães de família, sobrecarregam e adoecem os funcionários remanescentes, e cobram juros extorsivos da população em troca de lucros bilionários usufruídos quase que exclusivamente pelos banqueiros. Essa realidade tem de mudar”, afirma Marta Soares.
29/11/2016
São Paulo – O setor bancário eliminou 751 vagas de emprego em outubro, somando-se aos 9.258 postos cortados desde janeiro de 2016. Com isso, são 10.009 bancários a menos trabalhando nas instituições financeiras. Entre janeiro e setembro de 2016, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, Itaú e Santander) lucraram mais de R$ 64 bilhões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, compilados pelo Minsitério do Trabalho, e do Banco Central.
“Não há razão para o corte de postos de trabalho e nem o desmonte agressivo que está sendo imposto pelo governo Temer para os bancos públicos se levarmos em conta que esse é o setor mais lucrativo da economia brasileira”, critica a diretora executiva do Sindicato Marta Soares. “Além disso, trabalho não falta, pois a sobrecarga nas agências e departamentos é a regra.”
A sobrecarga de trabalho, aliada à gestão organizacional dos bancos que exige o cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros imensos, leva a categoria a sofrer com doenças decorrentes da pressão excessiva e do assédio moral.
Somente em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que, de cada dez bancários doentes, cinco têm depressão.
Rotatividade – Parte do lucro explica-se não só pela eliminação de postos de trabalho. O salário médio dos admitidos em outubro é de R$ 3.747,64 ou 58% do que recebiam os demitidos (R$ 6.435,43). No acumulado do ano, a média da diferença salarial entre os dispensados (R$ 4.169,76) e os contratados (R$ 6.858,37) é ainda maior: 61%.
“O artigo 192 da Constituição Federal determina que o sistema financeiro promova o desenvolvimento do país e sirva aos interesses da coletividade, mas os bancos passam longe dessa obrigação constitucional quando insistem em demitir milhares de pais e mães de família, sobrecarregam e adoecem os funcionários remanescentes, e cobram juros extorsivos da população em troca de lucros bilionários usufruídos quase que exclusivamente pelos banqueiros. Essa realidade tem de mudar”, afirma Marta Soares.