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Sindicato denuncia fim do Minha Casa Minha Vida

Linha fina
Ato que integra campanha #ACAIXAÉTODASUA alertou a população que passou pela estação Brás da CPTM sobre as consequências dos ataques contra a função social da Caixa; no prédio da Caixa na mesa região, foram discutidas estratégias de resistência em defesa do banco público
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Foto: Seeb-SP

Em reunião com movimentos sociais que lutam pelo direito à moradia, na última quinta-feira 31, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, anunciou que não haverá mais contratações para a faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida. As obras já contratadas serão terminadas, mas ainda assim em ritmo lento. As informações são da Rádio Brasil Atual. A faixa 1 do programa é voltada para famílias com renda de até R$ 1,8 mil por mês.

Segundo a coordenadora da região leste da União de Movimentos de Moradia (UMM), Evaniza Rodrigues, 100% das famílias de baixa renda das cidades médias e das regiões metropolitanas e capitais – que concentram a maior parte do déficit habitacional – “estão sem nenhuma política habitacional”.

Diante do anúncio e do cenário que prejudica a população de renda mais baixa, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região foi às ruas nesta terça-feira 5 denunciar o aprofundamento do desmonte da função social da Caixa promovido pelo atual governo. 

Dirigentes sindicais estiveram na estação Brás do Metrô e da CPTM a fim de alertar sobre as consequências para a sociedade do encolhimento da Caixa.  Foi distribuído material impresso com informações sobre os programas sociais geridos pelo banco.

Para se ter uma ideia da relevância da empresa pública na vida das pessoas, a participação da Caixa no mercado do crédito imobiliário foi de 69% em junho de 2019, segundo balanço do banco. 

“Enquanto Sindicato cidadão, alertamos a população sobre o desmonte da Caixa, por meio da diminuição dos seus serviços fundamentais, como o Minha Casa minha Vida. Também enfatizamos a arapuca que é o saque aniversário do FGTS, que deixa o trabalhador na mão na hora que mais precisa, num momento de demissão, quando ele só terá direito aos 40% da multa rescisória. Além do mais, ressaltamos o desfalque que essa política irá representar ao FGTS, que ainda é um grande financiador de políticas sociais nas áreas de habitação e saneamento”, relata o dirigente sindical e empregado da Caixa Chico Pugliesi. 

Os dirigentes também percorreram o centro administrativo do banco localizado na mesma região para discutir com os empregados formas de organização e resistência em defesa da Caixa.

Os atos integram a campanha #ACAIXAÉTODASUA, iniciativa do Comitê Nacional em Defesa da Caixa que visa conscientizar a população sobre a importância do banco público e dos programas sociais administrados pela empresa na vida dos brasileiros.  

“Para os colegas da Caixa explicamos a campanha #ACAIXAÉTODASUA e sobre a importância de mantermos Rita Serrano na Luta no Conselho de Administração do banco, além do desmonte que o banco vem enfrentando”

Eleição para o CA da Caixa

O primeiro turno da eleição para o cargo de representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa ocorrerá de 18 a 22 de novembro. 

O Sindicato apoia a reeleição da atual conselheira, Rita Serrano, que lutou ativamente contra o a aprovação do projeto de lei que previa a capitalização da Caixa (PLS 555), e contra a mudança estatutária do banco.  Ambas as campanhas foram vitoriosas em favor dos trabalhadores e da manutenção da função pública do banco. 

“Rita tem feito um trabalho exemplar no CA, fundamental na luta contra o PLS 555, que pretendia abrir o capital da Caixa. A Luta pela Caixa 100% Pública, agente de fomento das políticas públicas é extremamente dura e exige experiência e conhecimento, por isso nós do Sindicato do Bancários de São Paulo apoiamos Rita Serrano. Vote 149! Vote Rita Serrano”, reforça Chico.

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